Museu do Brinquedo na UFSC: janela para o grande mundo da imaginação
As crianças da Creche Maria Terezinha Sardá da Luz, da Praia do Forte, norte de Florianópolis, visitam a UFSC nesta terça-feira, dia 24 de outubro, às 9h, para conhecer o Museu do Brinquedo da Ilha de Santa Catarina (MBISC), localizado primeiro piso da Biblioteca Universitária e que em outubro homenageia o escritor Monteiro Lobato com a exposição temporária “Bonecas de Lobato”. Para quem não se lembra, foi ele quem escreveu a obra Sítio do pica-pau amarelo e criou a personagem Emília (a boneca de pano que sempre falava o que estava pensando).
A ideia de criar um Museu do Brinquedo na UFSC vem desde 1988 e foi inspirada nas brincadeiras infantis expressas nas obras de Franklin Cascaes. “Suas esculturas identificam o imaginário ilhéu como luso-açoriano, negro e indígena e essa junção possibilitou um acervo de convivência cultural integrada e harmoniosa entre expressões das diferentes etnias e características culturais”, diz a professora Telma Anita Piacentini, que integra a curadoria do museu junto com Lúcia Valente e Kátia Bordinhão e mediação pedagógica de Karin Orofino.
O Museu do Brinquedo em uma universidade pública representa, segundo Piacentini, a abertura de um espaço pedagógico e cultural de incalculável dimensão. Além do registro da memória cultural e da preservação de suas condições de vida, por meio da guarda adequada de objetos da infância, a existência de um espaço com essas características proporciona às futuras gerações o acesso e o estudo de identificação do universo.
“O ato pedagógico de conservar e expor brinquedos num lugar público e de fácil acesso possibilita abrir o mundo infantil aos olhos de crianças e adultos, em espaços cuidadosamente montados para a sua apreciação e estrategicamente criados para uma vivência cultural significativa”, ratifica Telma Piacentini.
Meta-museu
O museu foi criado em 1999 como “meta-museu” do Museu Universitário. Com a transformação deste em Museu de Arqueologia e Etnologia, o Museu do Brinquedo da Ilha de Santa Catarina passou a ocupar um espaço na Biblioteca Universitária, consolidando-se como um Centro de Cultural Infantil, espaço educativo e de cultura. Em abril de 2017 foi assinado pelo então reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo o ato de criação, vinculando-o à Reitoria.
O acervo é composto pelo tombo de 144 peças, catalogadas no IPHAN e no Sistema Brasileiro de Museus (SBM) e por brinquedos doados e em fase de arrolamento, catalogados por museóloga voluntária. O registro fotográfico do acervo foi realizado em parceria com o Curso de Jornalismo da UFSC. Para facilitar a compreensão da estrutura, as atividades do Museu foram divididas em oito alas: as de Exposição Permanente e de Exposições Temporárias funcionam no primeiro piso da BU.
A Ala da Reserva Técnica está na sala climatizada de Obras Raras da biblioteca. A Ala Virtual: 1. no blog: museudobrinquedodailhadesc.blogspot.com 2. no twitter: @MBISCfpolis 3. no instagram: museu.brinquedo. A Ala do Repositório, no espaço virtual da Biblioteca Universitária. A Ala Ecológica no Parque Ecológico do Córrego Grande foi temporariamente desativada para ser remodelada.
A Ala de Pesquisa envolve professores e estudantes dos cursos de graduação de Pedagogia e de Jornalismo. A Ala de Doações foi criada recentemente, para ajudar a formação do acervo. Todo o trabalho do Museu do Brinquedo é desenvolvido por profissionais voluntários e alunos bolsistas dos Cursos de Pedagogia, Jornalismo, Letras e Biblioteconomia.
A agenda envolve exposições, pesquisa, contação de histórias, trabalhos práticos com arte, tanto nas escolas, como no espaço museal, eventos como “Animando o Museu do Brinquedo” I, II e III, conexão com cursos de graduação e pós-graduação da UFSC, aliando Educação e demais áreas humanas e sociais, diferentes etnias e culturas.
Serviço:
Exposição “Bonecas de Lobato
Data: 24/10/217 – 9h às 11h30 – Visita da Creche Maria Terezinha Sardá da Luz, Praia do Forte. Professora: Manoella Schllindwein.
Contação de Histórias: textos de Monteiro Lobato, por contadores da Barca dos Livros.
Local: primeiro piso da Biblioteca Central, mesmo andar das cinco estantes da Ala de Exposição Permanente do Museu.
































