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O Núcleo de Estudos da Terceira Idade (Neti) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizou, no dia 16 de setembro, a cerimônia de comemoração do Jubileu de Prata do Curso de Formação de Monitores da Ação Gerontológica (CFMAG). O curso oferece preparação em gerontologia para pessoas com mais de 50 anos e estimula a prática do voluntariado na comunidade.

A solenidade iniciou às 9h e contou com a presença da vice-reitora da Universidade, Alacoque Lorenzini Erdmann, da coordenadora administrativa da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), Suzana Kilpp, da coordenadora do Neti, Jordelina Schier, e da coordenadora do CFMAG, Maria Cecília Antônia Godtsfriedt. Após o discurso das integrantes da mesa, a antropóloga Micheline Ramos de Oliveira ministrou a palestra “Ação Comunitária e Envelhecimento”. Durante o período da tarde foram realizadas apresentações de grupos artísticos e homenagens aos membros e parceiros do núcleo.Micheline falou sobre a importância de discutir o envelhecimento e o tratamento das pessoas idosas na sociedade e questionou comportamentos que “não respeitam a subjetividade” dos idosos e os tornam pessoas passivas. “Nós precisamos perguntar o que o idoso tem a oferecer e não o que ele precisa”, defendeu.

O Curso

O CFMAG prepara os idosos para a ação voluntária com grupos da terceira idade. As ações são direcionadas a assuntos como autoestima, relação do idoso com a família, saúde, contação de histórias e ações com crianças. O treinamento tem a duração de dois anos e estimula o desenvolvimento de potenciais e o empreendimento de novos projetos por meio do acesso a diferentes formas de conhecimento e do estímulo à prática do voluntariado.

A maioria dos integrantes realiza trabalhos em instituições ou projetos sociais, e, depois de formados, dão continuidade a esses trabalhos. A coordenadora do CFMAG afirma que “mesmo que os formados não atuem num espaço institucional, a mudança de comportamento perante o preconceito e a defesa do plano individual são muito valiosas”.

Valda Valdemar Andrade tem 76 anos e é formada no curso de gerontologia. Ela desempenha a função de monitora do CFMAG, mas, atualmente, está afastada para cuidar do marido que tem a Doença de Alzheimer. Em seus relatos sobre o núcleo, ressalta a importância na sua mudança de comportamento e no processo de autoconhecimento social e físico. “Eu aprendi a ter opinião própria, porque, muitas vezes, a família e a sociedade podam a nossa liberdade de escolha”, finalizou.

Giovanna Olivo / Estagiária de Jornalismo / Agecom / UFSC

Fotos: Ítalo Padilha / Fotógrafo / Agecom / UFSC