Renovado financiamento de pesquisa em educação a distância de laboratório da UFSC

27/11/2015 14:27

O Grupo de Trabalho em Experimentação Remota Móvel (GT-MRE) do Laboratório de Experimentação Remota (RExLab) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Campus Araranguá, foi selecionado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) para continuar o desenvolvimento de ferramentas mobile para educação a distância (EaD). A pesquisa recebe financiamento da Capes e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

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Painel Elétrico AC. Foto: RExLab

O GT-MRE desenvolve um sistema de experimentação remota, integrado a dispositivos móveis, que permite trabalhar com sistemas físicos reais por meio da internet. O projeto foi uma das 105 propostas submetidas ao edital Grupos de Trabalho Temáticos em EAD e e-Saude da RNP 2014-2015 e um dos cinco escolhidos. Com a renovação, o trabalho prosseguirá no ciclo 2015-2016.

Disponibilizado pelo GT-MRE, o Ambiente de Aprendizagem com Experimentos Remotos possibilita o acesso pela internet, a qualquer hora, aos mecanismos reais que apresentam conceitos e exercícios de física, robótica, biologia e ciências. Em dezembro, um ou dois experimentos na área de ótica devem ser “colocados no ar”.

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Microscópio Remoto. Foto: RExLab

As escolas de educação básica parceiras, em classes experimentais, utilizam material didático, diz o coordenador técnico do RExLab, Juarez da Silva. “Fazemos o acompanhamento, temos pesquisas para isso e bolsistas que acompanham as aplicações em classe, capacitações, workshops. Também mantemos um curso de capacitação semipresencial com 120 h/a.”

Qualquer escola pode acessar o trabalho do GT-MRE. “Basta efetuar o contato conosco. Tudo que utilizamos é open source, o hardware que desenvolvemos. Liberamos os projetos gratuitamente, e o material didático é creative commns”, explica Juarez.

Para o segundo ciclo, o GT-MRE pretende aplicar trabalho em cursos-piloto da Universidade Aberta do Brasil (UAB). “A ideia é replicar em mais regiões do país, a fim de testar a viabilidade do projeto em escala maior. Neste caso, seriam atendidos cursos, na modalidade EAD, da UAB, que utilizariam os recursos proporcionados pelo GT-MRE”, conta Juarez.

A localização física dos experimentos disponíveis hoje é no RExLab da UFSC, em Araranguá, mas a rede será ampliada aos poucos para outros locais. “Estamos trabalhando em um experimento conjuntamente com a UFU (Universidade Federal de Uberlândia), que ficará em Uberlândia, e mais um ou dois com a Faculdade SATC, que ficarão em sua sede. Porém, todos gerenciados via portal do RExLab”. Entretanto, a “ideia é construir, aos poucos, uma federação, onde compartilharíamos os experimentos e ampliaríamos a disponibilidade”, antecipa Juarez.

As colaborações não se resumem ao Brasil; elas também são feitas com universidades europeias. “Trabalhamos com o Projeto Go-Lab e outros parceiros europeus, como a Universidade do Porto, Universidade de Deusto e Instituto Politécnico do Porto, para integração e compartilhamento de experimentos.”

Ao longo de sua existência o RExLab criou um portfólio de produtos e serviços e desenvolvendo uma rede de parceiros com alcance internacional, afirma Juarez. “Um dos exemplos foi o Projeto RExNet, aprovado no âmbito do Programa Alfa II, da Comunidade Européia, realizado de 2005 a 2008, que englobava 12 instituições de ensino superior (cinco da América Latina e sete da União Europeia). Recentemente aprovamos, com mais 12 instituições, projeto no âmbito do Programa Erasmus+ da CE.”

O trabalho do GT-MRE é avaliado por especialistas nacionais e internacionais, que recebem um questionário para responder sobre os experimentos remotos e recursos.

Mais informações no site.

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