Congresso na UFSC debate legado olímpico e paraolímpico para esporte brasileiro

07/11/2014 12:50
Mesa de abertura do Congresso Paradesportivo Internacional - foto Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC

Mesa de abertura do Congresso Paradesportivo Internacional – foto Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC

A UFSC sedia o IV Congresso Paradesportivo Internacional, que iniciou dia 5 de novembro e termina nesta sexta-feira. É o maior evento científico nesta área do esporte. O congresso foi presidido pelo professor Luiz Guilherme A. Guglielmo, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da UFSC. Compuseram a mesa de abertura, na noite do dia 5, além do presidente, Lúcia Helena Martins Pacheco, vice-reitora da UFSC; Ricardo Leyser Gonçalves, representando o Ministro do Esporte; Filipe Freitas Mello, representando o governador de Santa Catarina; professor Luciano Lazzaris, vice-diretor do Centro de Desportos (CDS); Andrew Parsons e Ivaldo Brandão, presidente e vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro; Edilson Alves da Rocha, diretor técnico e chefe da delegação paralímpica brasileira e Peter Van der Vilet, diretor médico e científico do Comitê Paralímpico Internacional.

O presidente do Congresso deu boas-vindas a todos. A professora Lucia Helena falou que “superação” é uma palavra que remete à prática do esporte, mas que no caso do paradesporto a superação é também um grande exemplo para todos.

Ricardo Leyser, secretário nacional de esportes de alto rendimento, ministrou a palestra de abertura do evento sobre o legado olímpico e paraolímpico para o esporte brasileiro. Ricardo traçou um panorama dos preparativos para as Olimpíadas e Paraolimpíadas e como o esporte e o paradesporte têm evoluído nos últimos anos no Brasil.

As mudanças foram resultado de um planejamento que iniciou no ano 2000 com a implantação da normatização do Conselho de Desenvolvimento do Desporto Brasileiro e ganharam impulso em 2003 com a criação do Ministério do Esporte. Em 2005, teve início o “Bolsa atleta”, maior programa mundial de fomento ao atleta; em 2007 foi sancionada uma Lei de Incentivo ao Esporte e em 2009, o Brasil foi vitorioso na disputa para sede das Olimpíadas e Paraolimpíadas de 2016. Em 2010, iniciou-se o planejamento para tornar o Brasil uma potência desportiva, com metas arrojadas: estar entre os dez primeiros classificados nas Olimpíadas e entre os cinco primeiros nas Paraolimpíadas. Em Londres (2012), o país ficou na sétima posição no esporte paralímpico.

Há muitas dificuldades pela dimensão geográfica do Brasil e entraves para pessoas com deficiência terem acesso à prática desportiva. Mas, para Ricardo, a Rio 2016 é uma oportunidade histórica para enfrentamento de problema. O orçamento geral da união para as metas traçadas foi de quase um bilhão de reais em 2014. O secretário destacou também os resultados inéditos obtidos em 2013 para o esporte brasileiro: 27 medalhas em provas “olímpicas” em campeonatos mundiais e equivalentes, e 78 medalhas em esportes paralímpicos.

O planejamento que vem sendo executado visa a estruturação das modalidades, a ampliação da prática desportiva e formação de uma rede nacional de treinamento. As bolsas como “Bolsa medalha”, “Bolsa pódio”, entre outras, têm ajudado aos atletas em 23 modalidades olímpicas e 15 paraolímpicas, beneficiando mais de 500 atletas com potenciais de medalha nas próximas olímpiadas. O programa de bolsas para esportes olímpicos e paraolímpicos concedeu cerca de sete mil bolsas este ano em todo o país, visando a formação e melhoria de qualidade do desempenho.

O projeto de tornar o Brasil uma potência desportiva também abarca obras de infraestrutura, com a construção e cobertura de quadras esportivas em escolas e um Programa de Formação Esportiva Escolar que, em 2013, atingiu dois milhões de estudantes de 12 a 17 anos, número ainda reduzido em relação à população do país.

Ricardo destacou empreendimentos que ficarão como legado de 2016: o Complexo Esportivo de Deodoro (Rio de Janeiro); o Centro Paraolímpico Brasileiro (São Paulo), para 15 modalidades paradesportivas, que está sendo construído numa parceria entre governo federal e estadual, previsto para março de 2015; o maior Centro Regional paraolímpico, em Fortaleza, Ceará; e o Laboratório de Pesquisa em Ambiente Simulado da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) que permite que o atleta treine no local, simulando as condições que o atleta terá que enfrentar nas provas em locais de clima frio, altitude, entre outros.

A UFSC tem uma proposta nesses moldes para uma quadra controlada de tênis. O secretário também relatou o projeto de um uma rede nacional que daria organicidade aos trabalhos e pesquisas que vem sendo desenvolvidos nas universidades nas áreas do esporte e paradesporte.

Finalizou ressaltando uma vez mais que as Olímpiadas e Paraolímpiadas de 2016 são uma oportunidade histórica para tornar o Brasil uma potência esportiva e garantir um legado amplo e duradouro para o esporte do país.

O Congresso é o maior  evento científico na área. Foto Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC

O Congresso é o maior evento científico na área. Foto Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC

A organização do Congresso é da UFSC, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, CDS, Comitê Paraolímpico Brasileiro e Academia Paralímpica Brasileira.

Alita Diana/Jornalista da Agecom/DGC/UFSC
alita.diana@ufsc.br

 

 

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