Espetáculo de dança encerra ciclo de vivências em cultura corporal
Para encerrar um semestre de conquistas, foi realizado o espetáculo “Dançar à Vida”, que apresentou muita dança e poesia no dia 10 de dezembro, no auditório do Centro de Cultura e Eventos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Os grupos de dança envolvidos são vinculados ao projeto de extensão “Práticas Corporais”, do Centro de Desportos (CDS).
Com uma estética cuidadosamente desenvolvida, os ciclos de vivência em cultura, corpo, movimento e arte – desenvolvidos pelas bailarinas ao longo do ano – foram encerrados. Com apresentações em diversos eventos, elas ganharam visibilidade e até receberam prêmios no V Encontro Catarinense de Dança, realizado no mês de novembro, em Florianópolis, que teve a participação dos grupos Tribo Mosaico, Waris e Andança. A construção e direção coletivas partiram das bailarinas e professoras Biana Melyna, Cintia Vilanova, Gabriele Beck, Juliana Carboni, Luciane Ventura e Nadie Shardosini; a coordenadora foi a professora Cristiane Ker, responsável pelo Projeto.
Apresentações de dança semelhantes já tinham sido realizadas com o apoio do projeto de extensão do CDS em outros semestres, porém eram menores. Em geral, eram realizados dentro do próprio centro, com vagas limitadas, e ocorriam junto ao Festival de Práticas Corporais. Uma nova dimensão foi alcançada com a transformação do festival no Projeto MovimentArte.
Para que o novo tamanho do espetáculo fosse alcançado, o diferencial foi o investimento conseguido com o Programa de Apoio a Ações de Cultura (Procultura), que é de responsabilidade da Secretaria de Cultura (Secult) da UFSC, e concede auxilio financeiro a professores e técnicos-administrativos que coordenam projetos culturais na Universidade.
O trabalho final demonstrou a dedicação das integrantes do Projeto para que a apresentação chamasse a atenção sob vários aspectos. A ordem das canções foi preparada para criar um diálogo entre a linguagem dançante e poesias selecionadas; a criatividade foi além das coreografias: alcançou o cenário e os figurinos, criados pelas próprias bailarinas. A interação com a plateia não foi esquecida: as coreografias exigiram que, em alguns momentos, as bailarinas descessem do palco e ficassem muito próximas do público. O grande destaque, porém, foi o final, em que cerca de 40 pessoas – que até então assistiam ao evento passivamente – dançaram em uma grande roda.
Feliz com o resultado, a coordenadora do Projeto, Cristina Ker, classificou a apresentação como um trabalho artístico de muita qualidade, sensível e simples, e disse também que recebeu elogios e pedidos para que algo semelhante seja realizado novamente. Ao menos por enquanto, nada está definido, embora a vontade de fazer um Projeto MovimentArte II exista.
Matheus Alves / Estagiário de Jornalismo na Agecom / UFSC
matheusalvesdealmeida@gmail.com
Claudio Borrelli / Revisor de Textos da Agecom / UFSC
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