Feira da EdUFSC lembra os 30 anos da morte de Franklin Cascaes

19/03/2013 11:24

A equipe da EdUFSC montou um estande especial para homenagear Franklin Cascaes.
Foto: Wagner Behr/Agecom

A Feira de Livros da Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC), aberta ontem (18) no Centro de Convivência, no Campus da Trindade, em Florianópolis, elegeu como patrono o mitólogo Franklin Cascaes, que faleceu há 30 anos. O evento, que vai até o dia 2 de abril, oferece descontos de 30 a 70 % nos 600 títulos próprios da EdUFSC.  A equipe da editora montou um estande especial para Cascaes, onde além livros do homenageado, brindou os leitores com a obra de Adalice Maria de Araújo: “Franklin Cascaes, o mito vivo da Ilha”. Pelo que representa para a cultura popular, segundo Sérgio Medeiros, diretor executivo da EdUFSC, “ o tributo é justo e mais do que merecido”. A feira funciona, de segunda à sexta-feira,  das 8h30 às 19 horas. Nas quartas se estende até às 20 horas por conta da visita de escritores em atividades culturais.

Além de prestar tributo a Franklin Cascaes, a feira está integrada ao Festival Nacional do Conto, que acontece, até o dia 23, no Sesc Prainha, na Capital, e faz uma homenagem ao escritor Silveira de Souza, um dos autores publicados pela EdUFSC (Ecos do Porão I e II) e listado no Vestibular 2014 da Universidade do Estado.

Enriquecendo a Coleção Repertório, a EdUFSC homenageou a cultura ilhoa com a reedição do clássico O Fantástico da Ilha de Santa Catarina, de Franklin Cascaes, cujo acervo pode ser conhecido e visitado no Museu da Universidade. O relançamento, em 2012, oferecido 30% mais barato, reúne, em volume único, 24 narrativas ilustradas pela própria pena do artista. O caldeirão bruxólico é composto pelo universo açoriano, o imaginário ilhéu e o falar açoriano-catarinense. No cardápio, aparecem congressos, balanços e vassouras bruxólicas, bruxas ladras de baleeiras, baile de bruxas dentro de uma tarrafa de pescaria, eleições…

As estórias são produzidas ( em cadernos de   anotações) no período de 1946 a 1975. Cascaes escreve com a convicção de quem acredita piamente no que ouviu e viu nas comunidades pesqueiras. No final de cada conto, faz uma homenagem à Ilha. Em Eleições, não diz nada. Nem precisava…

O glossário do livro é de autoria do pesquisador Oswaldo Antônio Furlan. A organização deve ser creditada a (Peninha), mas não pode ser menosprezado o empenho decisivo de Dulce Maria Halpap e Bebel Orofino Schaefer. A reedição é um alento à preservação da memória de quem fez a história da nossa gente.

Cascaes nasceu em São José (SC) em 16 de outubro de 1908 e falaceu na Ilha em 15 de março de 1983. Em 1981, doou toda a sua obra à UFSC, declarando, por escrito, Peninha como seu escudeiro.

Em 2013, Santa Catarina comemora os 105 anos de nascimento e 30 anos da morte do gênio da cultura popular.

Mais informações: Sérgio Medeiros e Fernando Wolff, (48) – 3721-9605 , 3721-9408 , 3721-9686, 3721-8507 e 9962-2629 (Sérgio) e-mails: fernando@editora.ufsc.br; sergio@editora.ufsc.br.

Moacir Loth / Jornalista da Agecom / UFSC

 

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