Serviço de vistoria preventiva desenvolvido na UFSC é incorporado às operações da Polícia Militar

Integrantes do 7º Batalhão de Polícia Militar de São José recebem capacitação para atuar no serviço de vistoria preventiva
O efetivo do 7º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de São José está oferecendo um serviço de vistoria preventiva desenvolvida na Universidade Federal de Santa Catarina. Capitão da Polícia Militar e aluno do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil – área de concentração Cadastro Técnico Multifinalitário e Gestão Territorial – Miguel Ângelo Silveira desenvolveu uma sistemática em que o policial inspeciona as residências ou estabelecimentos para identificar pontos frágeis e sugerir medidas de correção.
O serviço é produto do mestrado de Miguel, que verificou a relação entre urbanismo e segurança pública. Casas escuras, com muros altos e de difícil acesso, por exemplo, são mais vulneráveis a ações criminosas. Para reduzir as chances do morador ter problemas, o policial apontou diversos fatores que aumentam a vulnerabilidade do local ao crime. O estudo foi avaliado e aprovado pelo comando da Polícia Militar de Santa Catarina, que tem a intensão de expandir as operações e criar uma seção especializada em prevenção para cada batalhão do estado.
O efetivo do 7º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de São José foi o primeiro a receber qualificação para incorporar a dinâmica às operações da guarnição. A população da região de Forquilhinhas, onde atua o 7º Batalhão, foi informada sobre o serviço e, desde então, o número de pedidos de visita é alto.
Miguel explica que no campo de estudo da criminologia ambiental há teorias que relacionam urbanização e segurança pública, mas o serviço de visita preventiva é pioneiro. Um exemplo prático da eficiência pode ser observado na própria residência do capitão da polícia e mentor do processo de vistoria. Após três assaltos, a iluminação do prédio foi reforçada e, a partir da medida, não houve novas ocorrências. “A vistoria não elimina as chances de crime, mas reduz a vulnerabilidade do local”, pondera Miguel Ângelo Silveira.
Mais informações: miguel.pmsc@gmail.com
Por Mateus Bandeira Vargas / Estagiário de Jornalismo na Agecom
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