Presidente da Petrobras Biocombustível visita Laboratório de Remediação de Águas Subterrâneas

26/04/2012 16:37

Nos experimentos de campo a equipe trabalha com a liberação controlada no solo de diferentes combustíveis

Depois de ministrar a palestra “Novas oportunidades profissionais no campo energético no Brasil”, durante o Seminário Energia + Limpa: conhecimento, sustentabilidade e integração”, o presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rosseto, visitou nesta quarta-feira, 25 de abril, as novas instalações do Laboratório de Remediação de Águas Subterrâneas da UFSC.

Coordenado pelo professor Henry Xavier Corseuil, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, desde 1994 o laboratório desenvolve pesquisas em parceria com Petrobras. A nova sede, localizada na Fazenda da Ressacada (área no Sul da Ilha que pertence à Universidade) leva em conta conceitos da construção sustentável e será inaugurada nos próximos meses.

Antes de chegar ao “Prédio Verde”, o presidente da Petrobras Biocombustível conheceu experimentos de campo, com liberação controlada no solo de diferentes combustíveis e adições (gasolina; gasolina com etanol; diesel com etanol; biodiesel de soja puro e em diferentes proporções, entre outras misturas). Com os testes, o grupo estuda o impacto de vazamentos no solo e em águas subterrâneas, assim como processos naturais de recuperação. “No experimento mais antigo estamos há 13 anos monitorando a remediação natural de derivados do petróleo. Não há outro teste semelhante em qualquer lugar do mundo”, orgulhou-se o professor Henry.

A equipe investiga também tecnologias para acelerar a recuperação de áreas contaminadas, a partir da injeção nos experimentos de diferentes substâncias (entre elas sulfato e acetato). Análises químicas, biológicas e biomoleculares permitem a avaliação e o monitoramento de amostras periodicamente coletadas em diferentes profundidades, gerando conhecimento sobre o comportamento do combustível derramado e subsídios para controle de casos reais. Durante a visita, estudantes de graduação, mestrandos, doutorandos e técnicos estavam nos diferentes experimentos, demonstrando a dinâmica das pesquisas a representantes da Petrobras que acompanhavam a visita.

Em seguida, Miguel Rosseto conheceu o Laboratório de Remediação de Águas Subterrâneas. “Queríamos um prédio-conceito, que fosse autosuficiente na geração de sua energia e de sua água”, explicou o professor Henry, lembrando que o projeto prevê a instalação de células fotovoltaicas para geração de energia solar, e uma estrutura para geração de energia eólica deve ser integrada em colaboração com grupo do Departamento de Engenharia Mecânica. O projeto do laboratório foi desenvolvido pelo professor Américo Ishida, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo, com a participação de estudantes de diferentes áreas.

“Essa é a primeira reunião oficial nestas instalações. Estamos entusiasmados para a mudança”, comemorou o professor, que fez uma apresentação sobre os avanços das pesquisas desenvolvidas em parceria com a Petrobras. Entre os destaques, citou o desenvolvimento do software SCBR (Solução Corretiva Baseada em Risco).

Implementado com a colaboração de empresas de base tecnológica da Grande Florianópolis, o modelo matemático tem como base o conhecimento gerado pela equipe em campo. Em sua versão 2.0, o software que mostra, por exemplo, como se comporta uma “pluma” de combustível derramado em diferentes condições, está sendo implementado em 20 unidades da Petrobras. A expectativa é de que colabore com a previsão de acidentes e ofereça apoio na tomada de decisão para controle da poluição do solo e de águas subterrâneas

O coordenador do laboratório citou outros trabalhos, como a avaliação da eficiência de bacias de contenção em terminais da Petrobras. E desafios futuros, como a implantação de um laboratório de última geração para monitorar a efetividade do armazenamento do CO2 no solo.

Miguel Rosseto destacou que o trabalho atende expectativas da Petrobras, “uma grande empresa de energia que sabe das exigências que deve à sociedade em relação ao impacto ambiental”. “Em depoimento recente, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, falou da audaciosa ideia de vazamento zero, e sabemos que estas preocupações não são adereços, mas devem organizar e dar vida a nossas atividades”, salientou, elogiando a seriedade da equipe. “Nesta grande casa verde pulsa compromisso, o que nos traz orgulho e confiança para apoiar e renovar projetos”, ressaltou o presidente da Petrobras Biocombustível.

Mais informações: (48) 3721-7569

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Fotos: Mário do Rosário / Consultor Técnico / Gerência de Biotecnologia / Centro de Pesquisas e Desenvolvimento – Cenpes

 

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