Obras no prédio do Museu Universitário entram na reta final

12/08/2011 12:16

Uma visita do vice-reitor da UFSC, Carlos Alberto Justo da Silva, e da secretária de Cultura e Arte, Maria de Lourdes Alves Borges, ao Museu Universitário Oswaldo Rodrigues Cabral, na tarde desta quinta-feira, serviu para estabelecer algumas diretrizes relativas ao funcionamento do espaço, cuja estrutura física deve ficar pronta até novembro deste ano. No momento, estão sendo feitas as obras finais do novo pavilhão que receberá o grande acervo antropológico e etnográfico do museu e as exposições permanentes e temporárias, possivelmente a partir do primeiro semestre de 2012.

De acordo com a diretora do espaço, Tereza Fossari, foi colocada ao vice-reitor a preocupação da equipe com os passos futuros da instituição, que tem todas as condições para se tornar um dos principais museus de seu gênero no país. Ali estão coleções indígenas de grande riqueza, documentos e fotografias com cópia única e peças cerâmicas sem similares no Brasil. “Queremos manter e consolidar a visão e o caráter antropológico da casa”, diz Tereza, ressaltando que o museu já recusou exposições importantes porque as instalações e o espaço físico não estavam tecnicamente preparados para recebê-las.

A importância da arqueologia pré-colonial e histórica e da etnologia indígena pode ser medida pelos zoolitos de oito mil anos e pela riqueza dos sambaquis coletados no Estado, além da coleção “Profª. Elizabeth Pavan Cascaes”, que contém mais de 2.700 peças – desenhos, esculturas e manuscritos deixados pelo folclorista e pesquisador Franklin Cascaes – que retratam o modo de vida, a religiosidade, as lendas e mitos e folguedos dos colonizadores da Ilha de Santa Catarina. “Uma vez pronto, o museu vai
orgulhar a Universidade”, garante a diretora.

Tereza Fossari destaca que o reitor Alvaro Prata assegurou os repasses necessários para o prosseguimento das obras do pavilhão e que agora é essencial buscar as condições para desenvolver uma programação que atenda às comunidades universitária e externa. A diretora informa que atualmente os museus públicos brasileiros são regidos por lei específica e que, por isso, será preciso adequar a programação e os critérios expositivos a normas nacionais. “Temos ali um patrimônio maravilhoso, com potencial para atendera um público vasto e variado, que dará enorme visibilidade à UFSC”, destaca.

Espaço importante – O vice-reitor Carlos Alberto Justo da Silva diz que, com as obras do pavilhão adiantadas, começam a preocupação com o mobiliário e a preparação da infraestrutura interna, que permitirão realizar as exposições e demais eventos no Museu Universitário. “Na reunião de quinta-feira discutimos o futuro da casa e sua importância para a UFSC, a cidade e o Estado de Santa Catarina”, afirmou. “Ele será importante para a cultura, o ensino e a pesquisa”, reforçou.

Ele acredita que haverá um esforço extra e muito empenho na busca de verbas por meio de editais, além de recursos orçamentários, visando a elaborar uma programação anual que traga as pessoas para a Universidade. “Poucos museus de antropologia do Brasil têm um acervo como o nosso”, justifica. “Assim como as fortalezas, o museu será importante também para o turismo da cidade e do Estado”, completa.

A secretária de Cultura e Arte, Maria de Lourdes Borges, qualificou a visita como “muito positiva” e conferiu in loco o andamento das obras do novo prédio do museu. “Este é um sonho que vai se realizar ainda nesta gestão”, afirmou. Ela aproveitou para elogiar o empenho da equipe do museu, que manteve o ritmo forte de atividades e pesquisas mesmo com o edifício em obras.

Mais informações com a diretora do Museu Universitário Oswaldo Rodrigues Cabral, Tereza Fossari, pelo fone (48) 3721-9325.

Por Paulo Clóvis Schmitz/jornalista na Agecom

Fotos: Wagner Behr/Agecom

Visita do vice-reitor ao MU

Visita do vice-reitor ao MU

Visita do vice-reitor dao MU

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