Jovens do MST participam de capacitação em comunicação na UFSC

24/08/2012 18:55
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Os visitantes que participaram das oficinas tiveram a oportunidade de produzir conteúdo em rádio, TV, web design, editoração eletrônica e fotografia

Nesta sexta-feira, 24/08, cerca de 40 jovens de assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) participaram de oficinas de capacitação em tecnologias da informação no Departamento de Jornalismo da UFSC. Os integrantes visitaram os laboratórios de rádio e TV e conheceram os equipamentos utilizados para fotojornalismo e produção de conteúdo online e impresso. As oficinas fazem parte do projeto De olho na terra, que é uma parceria da Universidade com os assentamentos da cidade de Rio Negrinho.

Os visitantes que participaram das oficinas tiveram a oportunidade de produzir conteúdo em rádio, TV, web design, editoração eletrônica e fotografia. A equipe que realizou a oficina no Laboratório de Telejornalismo aprendeu as noções de produção de um telejornal e captação de som e imagem. Para alguns deles, foi o primeiro contato com os equipamentos e o desenvolvimento de notícias.

Segundo Clarilton Ribas, coordenador do projeto e professor do Departamento de Zootecnia e Desenvolvimento Rural, o objetivo das oficinas é aproximar os jovens às tecnologias. Para ele, a presença das mídias ajuda a desconstruir a ilusão de que a vida na cidade pode ser melhor. “Eles chegam na área urbana e se sujeitam a subempregos. O jovem quer ter computador, internet ao seu alcance, é necessário que ele tenha acesso aos benefícios da modernidade na área rural a fim de se manter no campo.”

O projeto De olho na Terra tem a proposta de criar laboratórios que facilitem o acesso à produção de conteúdo por meio de equipamentos digitais em sete assentamentos de Rio Negrinho, e está em fase de licitação. Ribas diz que o assentamento deve ter condições de informar e comunicar por meio de seus próprios integrantes.

A UFSC desenvolve vários projetos com as cerca de 500 famílias assentadas em Rio Negrinho. Além de trabalhos voltados à comunicação, são realizadas análises de fertilizantes, estudos com sementes e assistência técnica no campo para enriquecer e aumentar a produção. Um projeto de incentivo à plantação é mantido e apresenta resultados positivos. Escolas, hospitais, creches e outras instituições são beneficiadas pelos produtos dos assentamentos. Ribas destaca ainda que além da alta produtividade, os assentamentos oferecem comida de qualidade, cultivada sem o uso de agrotóxicos.

Por Murici Balbinot / Estagiário de Jornalismo na Agecom
muricibalbinot@gmail.com
Foto: Henrique Almeida/ Agecom/ UFSC
henrique.almeida@ufsc.br

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