Medalha de lata: documentário mostra reais interesses por trás da construção da Vila Olímpica

13/12/2016 09:39

lucasfotoO prefeito Eduardo Paes, do PMDB, teve recentemente os bens bloqueados pela Justiça do Rio em ação ajuizada pelo Ministério Público do Estado. Ele é acusado de improbidade administrativa na construção do Campo de Golfe Olímpico da Barra da Tijuca, na zona Oeste. Segundo o MP, o peemedebista dispensou uma empresa de empreendimentos imobiliários do pagamento de taxa ambiental no valor de R$ 1,86 milhão em 2013. A empresa, que fez o campo, também teve os bens bloqueados na mesma decisão.

Não por acaso, a Barra da Tijuca abriga a Vila Autódromo, local onde foi construído o Parque Olímpico, principal instalação dos Jogos Rio 2016. Seu cenário, até o final de 2015, mais parecia um canteiro de obras, embora nada estivesse sendo construído. A região abrigava 583 famílias até 2014 e às vésperas do megaevento apenas 20 continuavam no local, resultado da remoção à força empreendida pela prefeitura sob a justificativa de reurbanização e adequação da área aos projetos olímpicos.

Ali, contra a vontade dos moradores, o governo municipal expulsou 2450 pessoas que não puderam decidir sobre seus destinos.  Foi o maior número absoluto de remoções da cidade do Rio de Janeiro. As estatísticas da administração de Eduardo Paes ultrapassam, inclusive, governos anteriores considerados principais adeptos desta política.
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