Documentário catarinense levará aos Estados Unidos história da comunidade Vila Autódromo

11/07/2017 09:43

O Museu de Arte Moderna de Los Angeles (OCMA) exibe, no próximo dia 28 de julho, o documentário ‘À Espera da Medalha’, que retrata a história da Vila Autódromo, comunidade carioca removida para a construção do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A exibição faz parte do projeto Cinema na Vila Autódromo, organizado pela artista Nancy Popp e conta com outros filmes sobre a comunidade.

À Espera da Medalha foi produzido pelo jornalista catarinense Lucas Amarildo, como trabalho de conclusão de curso da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Lucas acompanhou a rotina das famílias durante oito meses, registrando a luta dos moradores que tiveram seus lares tomados à força pelo governo, sob argumento de execução do projeto olímpico e dos que resistiram para permanecer.

O documentário também mostra os principais momentos de luta da comunidade e o destino das famílias após a Olimpíada. “Foi incrível conviver este tempo com os moradores, conhecer suas histórias e produzir um trabalho que explora um tema tão desconhecido da população carioca e do restante dos brasileiros”, destaca Lucas Amarildo. Com uma história envolvente, retratada por marcas físicas e emocionais, o trabalho oferece ao espectador uma oportunidade de reflexão, investigando os interesses por trás das remoções e questionando o verdadeiro legado da Olimpíada do Rio.

O trabalho está disponível na internet e pode ser acessado neste link.
Fonte e fotos: Jornalista Lucas Amarildo de Souza
Tags: documentárioMuseu de Arte Moderna de Los AngelesOCMAOlimpíadaRio de JaneiroUFSCUniversidade Federal de Santa CatarinaVila Autódromo

Medalha de lata: documentário mostra reais interesses por trás da construção da Vila Olímpica

13/12/2016 09:39

lucasfotoO prefeito Eduardo Paes, do PMDB, teve recentemente os bens bloqueados pela Justiça do Rio em ação ajuizada pelo Ministério Público do Estado. Ele é acusado de improbidade administrativa na construção do Campo de Golfe Olímpico da Barra da Tijuca, na zona Oeste. Segundo o MP, o peemedebista dispensou uma empresa de empreendimentos imobiliários do pagamento de taxa ambiental no valor de R$ 1,86 milhão em 2013. A empresa, que fez o campo, também teve os bens bloqueados na mesma decisão.

Não por acaso, a Barra da Tijuca abriga a Vila Autódromo, local onde foi construído o Parque Olímpico, principal instalação dos Jogos Rio 2016. Seu cenário, até o final de 2015, mais parecia um canteiro de obras, embora nada estivesse sendo construído. A região abrigava 583 famílias até 2014 e às vésperas do megaevento apenas 20 continuavam no local, resultado da remoção à força empreendida pela prefeitura sob a justificativa de reurbanização e adequação da área aos projetos olímpicos.

Ali, contra a vontade dos moradores, o governo municipal expulsou 2450 pessoas que não puderam decidir sobre seus destinos.  Foi o maior número absoluto de remoções da cidade do Rio de Janeiro. As estatísticas da administração de Eduardo Paes ultrapassam, inclusive, governos anteriores considerados principais adeptos desta política.
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Tags: Barra da TijucaEduardo PaesUFSCVila AutódromoVila Olímpica