Notícias da UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio do Programa de Pós-Graduação em Direito e do grupo de Estudos Avançados em Meio Ambiente e Economia no Direito Internacional (EMAE), participa do Web Seminário internacional “Voces y caminos por los derechos de la Madre Tierra: Manifiesto Armonía” (Vozes e Caminhos pelos Direitos da Mãe Terra-Natureza), que será realizado no sábado, dia 1º de agosto, a partir do meio-dia. Interessados podem inscrever-se para participar  como atividade de extensão por meio do link.

O evento conta com participantes de todos os continentes, vinculados à causa ambiental, e integra o calendário oficial dos diálogos interativos do Programa Harmony with Nature (HwN) das Nações Unidas (ONU) que debate a elaboração da Declaração Universal dos Direitos da Natureza.

Este é o segundo webinar parte de uma série de seminários on-line para abrir um espaço permanente no Fórum que continua a fortalecer o movimento pelos Direitos da Mãe Terra, Natureza. O fórum virtual deste sábado é dedicado a homenagear Pachamama no dia 1º de agosto, nos unindo às visões de mundo andina e amazônica, com sua sabedoria milenar manifestada no Sumak Kawsay, Suma Qamaña e Ñandereko, Buen Vivir, reconhecendo-os como a raiz de onde os direitos emergem da Mãe Terra, Natureza. O evento se propõe a demonstrar a extinção das ideias de meio ambiente, recurso natural, ética ambiental voltada ao mercado, desenvolvimento sustentável antropocêntrico e evidenciar uma nova consciência biocêntrica fundada na Harmonia e direitos da Mãe Terra, Natureza, Pachamama. Propor a Natureza sujeito, grafada com “N” (MAIÚSCULO); propor que os comuns tenham primazia em relação ao privado; propor que a dimensão normativa parta de uma Cidadania Planetária, popular, instituinte de um Constitucionalismo democrático e intercultural global; propor a Harmonia entre todos os seres da Natureza e do Cosmos e, por último, a Declaração Universal dos Direitos da Mãe Terra.

O seminário é organizado pelo Movimento Direitos da Mãe Terra em parceria com a UFSC e a Universidade Federal de Goiás (UFG); a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab); a Universidade Federal do Ceará (UFC); o Programa Harmonia com a Natureza da Organização das Nações Unidas (ONU); a Casa Latina, no México; o Centro de Pesquisa em Direito Sanitário (USP), a OSCIP Mapas e o Instituto DECLATRA.

Mais informações no link

com informações da Universidade Federal de Goiás

O ser humano ainda não deu, pelo menos até agora, uma resposta adequada sobre como tratou a mãe-terra. Em vez de buscar um equilíbrio para uma paz duradoura, optou pelas guerras, fabricação de armas, a espoliação e exploração da natureza até o cansaço, um mundo de ricos, pobres, famintos, escravos… de raças “superiores e civilizadas” e de “inferiores e selvagens”.
As religiões também não alcançaram o equilíbrio necessário nem o respeito à vida, não somente do ser humano, mas de tudo o que existe. Pelo contrário, elaboraram instituições e categorias discriminadoras e cruéis: inquisições, santos e pecadores, ímpios e genuflexos.

Em A Pachamama e o ser humano, livro de Eugenio Raul Zaffaroni publicado pela Editora da UFSC, essas ideias são explicitadas, mas costuradas com informações de ordem científica e filosófica. A obra aborda ainda, e talvez principalmente, a questão da ecologia, em especial da violência social, particularmente contra os animais.
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O filme Pachamama – que significa “mãe-terra” para os indígenas andinos e designa a deusa agrária dos camponeses – será exibido nesta terça-feira, 10 de junho, às 19h, no miniauditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) da UFSC.

O filme narra a viagem do diretor Eryk Rocha pela floresta brasileira em direção ao Peru e à Bolívia, onde encontra a realidade de povos historicamente excluídos do processo político de seus países e que, pela primeira vez na história, buscam uma participação efetiva na construção do seu próprio destino.

É uma pequena odisseia de trinta dias pela realidade amazônica e andina, revelando um continente em ebulição e perpassado pela cultura milenar andina, que irradia substancia primordial na constituição de novos paradigmas políticos pelo continente sul-americano.
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