13ª edição das Jornadas Bolivarianas traz debate sobre educação na América Latina
“Se os tubarões fossem homens, eles fariam construir resistentes caixas do mar, para os peixes pequenos com todos os tipos de alimentos dentro, tanto vegetais, quanto animais […] Naturalmente também haveria escolas nas grandes caixas, nessas aulas os peixinhos aprenderiam como nadar para a guela dos tubarões.” Com os versos do poema de Bertold Brecht, recitado com emoção pelo joinvillense Luiz Poeta, deu-se início a 13ª Jornadas Bolivarianas, promovida pelo Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA). Esta edição das Jornadas, que têm como tema “A educação na América Latina e os 100 anos da Reforma de Córdoba”, ocorre de 15 a 17 de maio, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
O presidente do IELA, Nildo Ouriques, fez a introdução da palestra. Falou sobre o contexto em que o tema se insere, contra o secular silêncio da reforma de Córdoba, que apesar de ter conquistado grande repercussão em toda a América Latina, teve pouca influência no Brasil. Ouriques também fez críticas ao modelo acadêmico presente nas universidades, defendendo a construção de um pensamento latino-americano. “É muito mais cômodo manter-se nos cânones eurocêntricos e currículos alienantes”, disse ele. Na mesa também estavam presentes o diretor do Centro Socioeconômico (CSE), Irineu Manoel de Souza, e, representando o reitor Luiz Carlos Cancellier, a secretária de Cultura e Arte, Maria de Lourdes Alves Borges.
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