Clássico ‘Homo academicus’ custa 50% a menos da Feira da EdUFSC

04/09/2013 18:00

Esgotado, após sucesso nacional e grande exposição na mídia, o clássico Homo academicus, de Pierre Bourdieu, ganhou uma segunda edição pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC). A obra, que faz uma ferrenha crítica às instituições, sobretudo à academia e seus membros, é uma das estrelas da Feira do Livro da EdUFSC, que vai 12 de setembro,  no Centro de Convivência da Universidade, no Campus da Trindade, em Florianópolis. É a primeira vez que Homo academicus é traduzido para a língua portuguesa. A façanha é dos professores Nilton Valle e Ione Ribeiro Valle, ambos do Centro de Ciências da Educação da UFSC. A obra está sendo oferecida com desconto de 50% do preço de capa.

A nova edição, embora mantenha o projeto gráfico original, foi impressa numa versão mais acessível: a capa dura deu lugar à capa mole, sem nenhum demérito ao valor da obra. Obra-prima do filósofo e sociólogo francês, Homo academicus põe o dedo na ferida, questionando, por exemplo, radicalmente o “poder classificatório e autorregulador dos intelectuais”. Ela foi lançada na França em 1984 e integra uma série de quatro livros que confrontam os paradigmas e “valores sagrados” da academia.

Bourdieu denuncia os mecanismos escolares de exclusão dos desfavorecidos e a “eleição” dos que denomina “herdeiros da academia”. Homo academicus exerce forte influência e repercussão no Brasil. Falecido em 2002 e autor de 25 livros, sua obra permite uma auto-crítica e estimula uma profunda reflexão sobre a violência do poder simbólico na Universidade. O pensador francês desnuda, em síntese, os mecanismos pedagógicos pelos quais a escola promove um “verdadeiro regime de exceção”(…)

Mais informações:

(48) 3721-9408

www.editora.ufsc.br;

Diretor Fábio Lopes (flopes@cce.ufsc.br).

 

Moacir Loth / Jornalista da Agecom/UFSC

lothmoa@gmail.com

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Mulher agricultora lança livro de poemas na Feira da UFSC

06/03/2012 15:39
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A obra Gralha Azul é o registro de Leonilda Pereira sobre o encantamento pelo convívio com a natureza e pelas possibilidades do trabalho social voluntário

Lançamento será no dia 7 de março, durante a Feira de Livros da Editora da UFSC, na Praça da Cidadania, com a presença da autora, que é também professora aposentada e voluntária social


Agricultora, agente comunitária e professora aposentada, Leonilda Antunes Pereira, 59 anos, não se casou nem teve filhos. Mas na pequena propriedade que mantém com o irmão em Rio Mansinho, no interior de Fraiburgo, parece ter adotado como parte da família tudo que voa, tudo que zurra, tudo que é verde, tudo que é vida. O amor pelo silêncio do lago, pela algazarra dos pássaros, pela lida com o velho jumento marchador do nordeste que o avô materno lhe confiou antes de morrer e por toda a bicharada que desfila em suas poesias é tão grande quanto o amor que tem pelas causas sociais e pelos seres humanos. Gralha Azul, nas asas da esperança, que a Editora da UFSC lança no dia 7 de março, às 17 horas, em sua Feira de Livros de volta às aulas, é um livro onde essa mulher do campo registra com densa singeleza, seu encantamento pelo convívio com a natureza e pelas possibilidades do trabalho social voluntário.

As duas vertentes dessa poesia narrativa que lembra um cordel do planalto catarinense estão bem sintetizadas pelo símbolo da gralha azul, nome do programa social e ambiental que ela homenageia no livro. Ao mesmo tempo em que pinta o mundo com seu azul exuberante, o pássaro faz sua tarefa social e ecológica: semeia o fruto do pinhão, ajuda a salvar a araucária da extinção e preserva a fonte de renda das famílias pobres do oeste serrano.  Como o pássaro semeador, Leonilda é agente comunitária de saúde pelo município de Fraiburgo e membro do Conselho Municipal Antidrogas (Comad) e do Projeto Microbacias.

O lançamento do primeiro livro de Leonilda, que estará a partir das 14 horas na Praça da Cidadania da UFSC para conversar com os leitores, marca as comemorações do Dia Internacional da Mulher e o reconhecimento do Conselho Editorial da EdUFSC a um tipo de expressão escrita valorizada pelos Estudos Culturais como “Literatura dos Excluídos”, que vai além da obra e do padrão estético aprovado pelas academias. “Nela, o estético está comprometido com o campo político e existencial da autora, que envolve  sua prática social pela preservação da terra e promoção do homem do campo”, assinala o editor, Sérgio Medeiros.

Desde menina, Lula, como é conhecida por toda gente, afeiçoou-se ao hábito da leitura e da escrita, inspirada no avô Antonio Antunes Abrão, que embora sem nenhuma escolaridade, era um grande amante da poesia. Ele costumava reunir ela, irmãos e primos em volta da lareira para contar histórias em forma de versos. “Eu o ouvia e admirava… Com o tempo, a escrita passou a ser uma necessidade. Vejo a natureza, veja as coisas acontecerem… Quando surge a vontade de criar eu me levanto de madrugada, seja a hora que for, pra colocar no papel uma inspiração”.

 

Nascida em Lebon Régis em 1952, Lula conta que dava aulas como professora de escolas seriadas na cidade de Fraiburgo, mas decidida a mudar de vida, migrou para uma área ainda mais rural, onde se tornou agricultora. Foi nesse meio que abraçou trabalhos sociais de apoio e conscientização a famílias carentes sobre condições de saúde, meio ambiente, prevenção de dependência a drogas e alcoolismo. Em 1991, participou junto com outras mulheres da primeira reunião do Gralha Azul, programa de orientação à saúde e à cidadania de famílias sem-terras. Chamou atenção do grupo por sua eloqüência e foi convidada para integrá-lo. A reunião dos originais para publicação do livro foi incentivada pelos próprios técnicos da equipe. “Eles é que me fizeram dar valor ao que eu escrevia”, conta.

 

Ritmo da natureza

A maior parte dos poemas são registros rimados das etapas que vivenciou no programa, onde permaneceu atuando como voluntária durante 21 anos, até o projeto ser extinto. A ele a autora dedica muitos versos: “Gralha Azul é uma ave/Que habitava o nosso chão, Que pela sobrevivência/Sabia plantar pinhão./Hoje pela incoerência/Está quase em extinção,/Porque o belo pinheiro/ Já não existe na região. Agora empresta seu nome/ Nessa grande missão, /Para mostrar ao ser humano/ O que é preservação,/Com isso dizer ao mundo / Que ao amor e humanidade/ Nos faz todos irmãos./”

No trabalho voluntário, ela usa a linguagem poética, a contação de histórias e também a montagem teatral para sensibilizar principalmente as crianças do Assentamento Rio Mansinho e da comunidade de Catiras para a necessidade de preservação da terra onde vivem e de se afastarem das drogas e do alcoolismo.  “Se eu não conseguir reverter a situação dos mais velhos, não vou deixar as crianças irem para o  caminho da destruição”. A aproximação com as artes cênicas foi, segundo ela, provocada pela diretora do Grupo Pesquisa Teatro Novo da UFSC, Carmen Fossari, que sempre a incentivou.

Os versos misturam personagens humanos e inumanos que atravessam seu cotidiano.  A defesa da igualdade entre todos os seres herdou do pai, José Antunes Pereira, grande amante da natureza e defensor dos animais. “Tenho paixão pela vida animal e acho muito importante para o ser humano essa convivência. Pra mim o bicho tem tanto sentimento quanto a gente; tem compreensão e tudo”. Conta que em sua propriedade, chamada Síto Pai Tejo, em homenagem ao pai, os animais quase falam com ela: “É muito gratificante essa vida”.

Lula, que nunca conheceu o ex-presidente da República, mas já era chamada assim antes de saber da sua existência, termina todos os seus poemas se apresentando, à moda dos trovadores, como em “Estrelinha da manhã”: “Como pode um ser tão pequeno/Conter uma alma tão grande?/Queria escrever coisas bonitas/ Mas meu ser se encabula/ Recebe a flor do meu agradecimento/ E um grande abraço da Lula”. Longos e marcados por um vocabulário simples e rimas cheias, os versos mostram trabalho e fôlego de poeta. Além de uma estética própria, a obra carrega um valor histórico, à medida que cita pessoas, acontecimentos e cenários implicados nessa “ação azul” que une arte, cultura, ecologia e cidadania.

A poesia de Lula tem um ritmo alusivo à vida rural, como em “Canção dos Animais”, em que as estrofes são sempre intercaladas pela marcação do verso “O cravo…”:  “Minha gente com licença/Agora vamos brincar/E uma bela canção/Nós aqui vamos cantar./Aprendemos que o roçado/ Não devemos então queimar./ Como fica a bicharada/Onde é que vão morar./ O cravo… Aprendemos direitinho/Fazer a preservação/Com o povo da capital/E os daqui da região./Bicharada tão contente/Agradece comovida,/Pois é muito importante/ Preservar sua vida./ O cravo…”

Embora sendo seu primeiro livro publicado, Lula participou de alguns concursos literários através de editoras em São Paulo e foi selecionada para antologias. Completou o segundo grau e cursou dois anos de letras português, em Palmas, no Paraná. “O livro é a coroação, a valorização do meu trabalho, de tantos anos de dedicação. É um prêmio que eu jamais me considerava capaz de alcançar, um sonho que parecia irrealizável, pois eu não teria condições financeiras de publicar meu livro”, diz ela, que tem mais uns 70 poemas guardados, prontos para uma nova oportunidade.

 

Por Raquel Wandelli/ Assessora de Comunicação da SeCArte/UFSC

3721-8729 e 3721-8910 e 9911-0524

 

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Últimos dias para visitar Feira de livros da Editora da UFSC

07/09/2011 10:33

Termina na sexta (9), às 20 horas, na Praça da Cidadania da UFSC, oportunidade de adquirir com descontos de até 70% lançamentos de qualidade das melhores editoras universitárias do País, incluindo obras de uso didático, ciência, poesia, ficção e ensaio.

Estudantes, professores, funcionários e pessoas da comunidade em geral têm só até sexta-feira para aproveitar os livros de qualidade com preços vantajosos que a Feira de Livros da Editora da Universidade Federal de Santa Catarina e Liga de Editoras Universitárias está oferecendo. Prorrogada em uma semana, a Feira prossegue até o dia 9 de setembro, em horário estendido, das 9 às 20 horas, na Praça da Cidadania da UFSC. Em um pavilhão coberto e protegido da chuva, a Feira está oferecendo uma diversidade de 800 títulos e dez mil exemplares com descontos de 50 a 70%, entre lançamentos e livros do acervo da EdUFSC e das melhores editoras universitárias do País, que incluem obras de uso didático, ciência, poesia, ficção e ensaio.

Aberta aos alunos, professores, funcionários e leitores em geral, a feira também está comercializando os últimos livros publicados pelas universidades integrantes da Liga de Editoras Universitárias (LEU), que incluem a USP, Unicamp, UFMG, UFPA e UFSP. “Graças a essa parceria, iniciada na Feira da abertura do primeiro semestre, a EdUFSC está oferecendo à comunidade interna e externa os melhores títulos publicados no meio científico e acadêmico do País, todos igualmente com desconto”, pontua o diretor geral. Um dos exemplos é a belíssima edição comentada, ilustrada e em capa dura que a Editora da Unicamp lançou de A Divina Comédia, de Dante Alighieri, com desenhos de Sandro Botticelli. Outros exemplos são Economia da Inovação, de Chris Freemann, também da Unicamp, e Física 1 – Mecânica, da Edusp.

Como em todas as feiras de volta às aulas, os livros da Série Didática da EduFSC lideram as vendas, com Estatísticas Aplicadas às Ciências Sociais e Anatomia Sistêmica em primeiríssimo lugar, segundo Arminda Maria Mota, responsável pela feira.  Entre os títulos de maior saída estão os lançamentos Mamãe África, cheguei ao Brasil, que fala sobre os direitos das crianças e adolescentes sob a perspectiva da igualdade racial e As relações entre a União Europeia, de Karine de Souza Silva.

Durante a Feira, a EdUFSC lançou quatro novas coleções nas áreas de arquitetura, direito, artes visuais e obras de formação. Fazem parte desses lançamentos a coleção “Visuais”, com a colossal obra Negerplastik/Escultura Negra, de Carl Einstein; “Urbanismo e Arquitetura da Cidade”, voltada para a produção de pesquisadores locais e internacionais, com o livro Arquitetura, Urbanidade e Meio Ambiente, de Almir Francisco Reis; “Direito e Saúde”, em parceria com a Fundação José Arthur Boiteux (Funjab), com o livro De Defensivos a Agrotóxicos, de Maria Leonor Paes Cavalcanti Ferreira e a esperada coleção “Repertório”. A reedição de Últimos Sonetos, de Cruz e Sousa, cuja publicação da UFSC, em 1997, estava esgotada há vários anos, inaugura esta última, Repertório, que vai publicar pequenos volumes clássicos de diferentes áreas das humanidades. “O motivo da coleção é ajudar o leitor a fazer uma biblioteca de textos básicos, a um custo bem baixo e com edição supercaprichada”, explica o diretor geral, Ségio Medeiros.

Entre os lançamentos de produção própria da UFSC incluem-se ainda três obras de impacto na Coleção Geral: Escritos de véspera, O Pinheiro Brasileiro, de João Rodrigues Neto e a obra de referência ALERAtlas lingüístico e Etnográfico da Região Sul do Brasil, contendo as Cartas Fonéticas Morfossintáticas, que chega nesta terça (23) da gráfica para lançamento durante a Feira. Organizado por Walter Koch, Cléo Wilson e Mário Kassmann, o trabalho, publicado em dois volumes, traz uma contribuição fundamental para o estudo da variação lingüística nessa região. Já o renomado botânico brasileiro João Rodrigues de Mattos faz um apaixonado apelo à sobrevivência da auracária em O Pinheiro Brasileiro. No exaustivo estudo sobre a araucária, sustenta sua importância simbólica, ecológica e econômica para o Sul do Brasil. Em Escritos de véspera, Luiz Costa Lima, um dos mais importantes críticos do Brasil, discute as mudanças de paradigmas críticos na área dos estudos literários desde os anos 70.

SERVIÇO

Feira de Livros da Editora da UFSC/LEU

Encerramento: 9/9/2011
Horário de funcionamento:
das 9:00 às 20 horas
Descontos: de 50 a 70%

(Exemplos de livros com desconto:)
Anota aí – de R$ 20,00 por R$ 10,00
Anatomia sistêmica – de R$ 27,00 por R$ 13,50
Farmacognosia – de R$ 96,00 por R$ 48,00
Introdução à Engenharia – de R$ 39,60 por R$ 19,80
Estatística aplicada às ciências sociais – de R$ 42,00 por R$ 21,00
Pensar/escrever o animal – de R$ 39,00 por R$ 19,50

Raquel Wandelli, Jornalista na SeCArte/UFSC

Fones: 37219459 e 99110524

raquelwandelli@yahoo.com.br

www.secarte.ufsc.br

www.agecom.ufsc.br

www.editora.ufsc.br

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Última semana da Feira de livros da UFSC prevê mais lançamentos

31/03/2011 16:51

Fotos: Paulo Noronha/Agecom

Uma teoria da adaptação, obra inédita de Linda Hutcheon que lança um novo conceito da pós-modernidade marca os lançamentos da próxima semana, que também incluem Shakespeare e Paul Claval. Prossegue até o final da próxima semana (8/4), na Praça da Cidadania da UFSC, a Feira de Livros da Editora da UFSC/LEU que oferece com descontos muito vantajosos 8.200 mil volumes de suas antigas e novas coleções.

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