Laboratório e Projeto Amanhecer da UFSC atuam com o controle da dor

06/12/2016 14:06

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam um cenário doloroso e que tende a se ampliar com o aumento da expectativa de vida: uma em cada cinco pessoas sofre de algum tipo de dor crônica. “Mais de 80% das doenças que acometem o ser humano têm como sinal ou sintoma a dor. Do ponto de vista da Neurobiologia, ela tem caráter de proteção, no caso da dor aguda. Se a dor for ativada por muito tempo, deixa de ter esse caráter e é tratada como doença”, esclarece o coordenador do Laboratório de Neurobiologia da Dor e Inflamação (Landi) da UFSC e doutor em Farmacologia, Adair Roberto Soares dos Santos.

A International Association for the Study of Pain (IASP), localizada em Washington, nos Estados Unidos, conceitua a dor como “uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a uma lesão tecidual real ou potencial ou descrita em termos de tal lesão”. As principais dores das quais a população padece são as lombares e cervicais, informa o professor. “A dor nada mais é do que a resposta da ativação do receptor sensorial que é responsável por identificar estímulos lesivos, que podem ser térmicos – calor ou frio -, mecânicos – beliscão ou prego no pé, por exemplo – ou químicos, que é processada e enviada ao cérebro, que interpreta como lesiva. Ela tem os caracteres emocional e sensorial, ambos fisiológicos”, esclarece Santos.

O Ministério da Saúde aprovou, em 2006, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS). “O governo começou a incentivar tratamentos com plantas medicinais, não farmacológicos, como atividade física, acupuntura e terapia cognitivo-comportamental, usada, em alguns casos, para tratamento de pacientes com dores crônicas. Houve a inserção dessas técnicas no Programa Saúde da Família, visando o bem-estar e a recuperação da saúde do indivíduo de uma forma geral. Todas são técnicas sinalizadas pela OMS, que incentiva os diferentes países a darem subsídios para essas pesquisas”, afirma o coordenador do Landi. As técnicas complementares atuam conjuntamente com medicamentos.
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