Pesquisa utiliza resíduos de papel para produção de azulejos
Um estudo realizado no Programa de Pós Graduação em Engenharia Química desenvolveu cerâmica monoporosa, também conhecida como azulejo, com 20% de aparas de papel. Para realizar sua dissertação, Rodrigo Daros, sob orientação do professor Humberto Gracher Riella, substituiu parte do calcário usado na cerâmica por esse resíduo do papel, mais viável econômica e ecologicamente.
Utilizar as aparas em cerâmicas monoporosas é uma alternativa com benefícios ambientais, pois diminui a quantidade de calcário – um recurso não renovável – e reaproveita os restos de papel, que seriam descartados no ambiente. Essa reutilização ocorre também na correção de solo e na formulação de cimento; no entanto, como a indústria de papel e celulose produz aparas em grande quantidade, a maioria não é reaproveitada.
Na pesquisa de Daros, as cerâmicas produzidas tiveram uma absorção de 3% a 8% maior do que as sem o resíduo, o que significa que a aderência à parede será melhor. O índice alcançado no estudo se mantém dentro do limite que permite classificar a cerâmica como monoporosa – aquela que possui absorção superior a 10%.
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