Professor da UFSC e presidente da SBCP – SC esclarece procedimentos para cirurgia plástica segura

22/07/2013 11:26

Devido à repercussão do falecimento da senhora Ivane Fretta Moreira, esposa do vice-governador de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira, após complicações ocorridas durante cirurgia plástica de caráter estético, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica de Santa Catarina (SBCP-SC) enviou artigo assinado pelo presidente da entidade, doutor Zulmar Accioli, professor de cirurgia plástica e técnica operatória da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC):

“Cerca de 700 mil cirurgias plásticas são realizadas anualmente no País por médicos especialistas – profissionais que passaram pelo treinamento supervisionado de no mínimo cinco anos e pelas provas de suficiência organizadas pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

Além da formação acadêmica necessária, há medidas de segurança empregadas desde o momento pré-operatório. São protocolos criteriosos quanto ao tipo de cirurgia, duração e forma de anestesia que selecionam quais pacientes podem ou não se submeter a uma operação com riscos aceitáveis.

No Brasil, um documento redigido pela SBCP e referendado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) impõe as normas obrigatórias em qualquer procedimento da especialidade, estético ou reparador. Adiante, é imprescindível também a aplicação do termo de consentimento pós-informado, por meio do qual o paciente atesta estar ciente de todas as etapas da operação e de suas possíveis consequências.

Ainda que todas as medidas de segurança sejam respeitadas, o índice de morte em cirurgia plástica estética é de um a cada 57 mil. Uma proporção minúscula, principalmente se comparada a outros tipos de operação, mas que existe por fatores inevitáveis, imprevisíveis e, muito mais raramente, os evitáveis.

Uma das causas que podem levar à fatalidade é a embolia pulmonar. Ela ocorre após a formação de um coágulo na perna que se desloca e vai até o pulmão ou, bem dificilmente, devido a grumos de gordura provenientes de fraturas de ossos longos ou da injeção inadvertida de gordura em uma veia.

A lipoaspiração – ou lipoescultura, quando remove o excesso de gordura de uma área e transporta para outra – está no topo dos procedimentos estéticos mais comuns no mundo todo. A técnica é segura se seguidos os protocolos e os parâmetros adequados a cada paciente. Porém, a possibilidade de um infortúnio é inerente, como em qualquer tipo de intervenção cirúrgica.”

Contato: Marcos Reichardt Cardoso /jornalismo – assessoria de imprensa
(48) 9972-0991 e marcosreichardtcardoso@yahoo.com.br.

Foto destaque: Rubens Flôres

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