Morre o fotógrafo Paulo Dutra, ex-funcionário da Agecom
O fotógrafo Clemente Paulo Dutra, que foi funcionário do Departamento de Imprensa e Marketing (DIM) da Universidade Federal de Santa Catarina, atual Agência de Comunicação da UFSC (Agecom), morreu domingo, dia 16, aos 72 anos, em Florianópolis, vítima de um aneurisma intestinal. Ele trabalhou em veículos como O Estado, Jornal de Santa Catarina e Jornal da Semana e também atuou na revista Manchete, para onde foi levado pelo escritor e jornalista Salim Miguel, nos anos 60, e na Agência Nacional, hoje Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Foi durante o período em que estava na Agecom que Dutra se aposentou, no início da década de 90.
Paulo Dutra apareceu como fotógrafo no set de filmagens de “O preço da ilusão”, considerado o primeiro longa-metragem catarinense, feito pelos artistas e escritores do Grupo Sul em 1957. Foi nas páginas de O Estado, durante décadas o principal jornal catarinense, que suas fotos jornalísticas e sociais o tornaram conhecido e respeitado. Era considerado um profissional competente, com faro para a notícia, e também alegre, irreverente, capaz de contar e viver boas histórias.
Um dos precursores do fotojornalismo na Ilha de Santa Catarina, ele também contribuiu com imagens para as colunas de Zury Machado, Cacau Menezes, Beto Stodieck, Ricardinho Machado, Luiza Gutierrez e Carlos Müller. Acompanhou as melhores festas da cidade e foi protagonista de histórias hilárias, como a do casamento de Esperidião e Angela Amin, que fotografou sem filme na época das máquinas analógicas, e a da calota de carro que usou para simular um disco voador, numa reportagem para O Estado.
Pai de três filhos e avô de três netos, Paulo Dutra foi enterrado no domingo mesmo no cemitério Jardim da Paz, localizado em frente à redação do extinto jornal O Estado, onde viveu um dos mais importantes momentos de sua vida profissional.
Por Paulo Clóvis Schmitz/jornalista na Agecom