TV UFSC exibe ‘Eu que te benzo, Deus que te cura’, um retrato das benzedeiras da Ilha
A dança abre os destaques da programação deste fim de semana. O documentário Alma Negra, exibido no sábado, às 12h30, conta o encontro entre a dança e a vida de Maria Aparecida Gonzaga, a Xuxu. Desde pequena sempre gostou de dançar, mas foi com a dança de rua e o hip-hop que ela ingressou no mundo artístico. Em 1989, Xuxu montou o projeto Dança Educação Arte e Cidadania no Instituto Estadual de Educação e logo as aulas práticas e teóricas motivaram a criação da Companhia de Dança Alma Negra. Hoje, aos 53 anos, dá aulas para pequenos grupos em casa, e ainda trabalha em uma coreografia para a Cia de Dança Alma Negra.
Às 16h, o Paratodos apresenta o coletivo Basurama, grupo de artistas que transforma lixo e resíduos em arte. Criado há 13 anos por arquitetos e artistas de Madri – no Brasil desde 2007 – o grupo produz instalações e brinquedos utilizando materiais que normalmente são jogados fora. Em seguida, uma reportagem sobre o fotógrafo Gervásio Batista, que fez algumas das mais famosas fotografias de presidentes brasileiros nas últimas cinco décadas. Aos 91 anos, ele fala sobre sua carreira e relembra momentos históricos.
O Paratodos mostra também a peça Eu vou tirar você desse lugar, que se inspira nas músicas de Odair José. No espetáculo, tipos populares como uma prostituta, um garoto sonhador e uma doméstica se misturam numa dramaturgia inédita.
O dia termina com uma viagem pela Argentina, mostrando as belezas naturais da Patagônia. O segundo e último episódio de Patagônia Selvagem desbrava os picos dos Andes austrais com suas florestas selvagens e lagos transparentes. O documentário registra a geleira Perito Moreno e suas paredes de gelo de 60 metros de altura, que mergulham continuamente em um lago, e constituem uma das mais importantes reservas naturais de água potável do mundo.
Potentes movimentos tectônicos estão na origem da poderosa cadeia de vulcões da Patagônia. Muitos deles, como o vulcão Copahue, ainda estão ativos, e contribuem para a criação de termas conhecidas por seus efeitos terapêuticos. Assim são formadas estas paisagens surrealistas compostas de rios ricos em enxofre, lagos ácidos, e repletas de espécies singulares.
Cuidadosamente garimpada em mais de 500 horas de gravação, a série franco-argentina acompanha um grupo de arqueólogos argentinos à procura das origens da humanidade no continente americano. Esta investigação dos primeiros passos do Homo Sapiens na América é o fio condutor de uma exploração apaixonada das paisagens e da fauna de um dos mais ricos ecossistemas do planeta.
Eu que te benzo, Deus que te cura
No domingo, a TV UFSC reprisa, às 8h25 e às 13h, o UFSC Entrevista que recebeu o ex-diplomata brasileiro no Iraque, Bernardo de Azevedo Brito. Autor do livro Iraque: dos primórdios à procura de um destino, Azevedo Brito fala sobre sua experiência na embaixada brasileira de 2006 a 2011. Ao comentar a crise atual, lembra que os problemas começaram já com a criação em 1921 do que conhecemos como o Iraque moderno. Isso porque foram colocadas no País três comunidades diferentes: árabes xiitas, árabes sunitas e curdos, e que refletem mais decisivamente a situação atual.
Já às 15h30, o Papo de Mãe recebe mulheres com nanismo para conversarem como é cuidar de uma criança quando se convive com as limitações e o preconceito com a síndrome provoca. A falta de informação faz com que muita gente pense, por exemplo, que elas nem poderiam engravidar. Mariana Kotscho e Roberta Manreza conversam com as mães Priscila Menuci, atriz, mãe de dois filhos; Sú Prates, auxiliar de departamento pessoal, mãe de dois filhos; e Naty Grapeia, figurante, mãe de uma filha. Também participam do papo o médico geneticista Wagner Baratela, que também tem nanismo, e a psicóloga Cristiane Pertusi.
Encerrando o fim de semana, a exibição, às 21h, do documentário Eu que te benzo, Deus que te cura registra as práticas terapêuticas religiosa-populares realizadas por benzedeiras de Florianópolis. A chamada medicina popular existe desde o início das civilizações, mesmo antes da medicina científica (ou alopática) que conhecemos atualmente. Embora muitas destas práticas não sejam reconhecidas e sejam, por vezes, desvalorizadas pelas instituições tradicionais, as pessoas continuam procurando essa forma de cura.
Entre os temas tratados, estão os motivos e doenças que fazem pessoas procurarem as benzedeiras, bem como a forma que esse conhecimento é transmitido. Além das benzedeiras, foram entrevistados um museólogo, uma psicóloga, uma antropóloga, um médico e um ambientalista que contribuem para fornecer uma análise mais crítica sobre a benzedura e falam sobre as suas experiências relacionadas à benzeção.
Para acompanhar os programas da TV UFSC, sintonize o canal 15 da NET Florianópolis ou o Canal Aberto 63.1 Digital. A programação completa pode ser conferida nos sites www.tv.ufsc.br e tvbrasil.ebc.com.br. Assista, também, aos boletins de notícias no www.youtube.com/tvufsc.
Por Marília Quezado/Estagiária de Jornalismo/TV UFSC
Colaborou: Giovana Tiziani/TV Brasil