TV UFSC exibe ‘Eu que te benzo, Deus que te cura’, um retrato das benzedeiras da Ilha

11/07/2014 16:06

A dança abre os destaques da programação deste fim de semana. O documentário Alma Negra, exibido no sábado, às 12h30, conta o encontro entre a dança e a vida de Maria Aparecida Gonzaga, a Xuxu. Desde pequena sempre gostou de dançar, mas foi com a dança de rua e o hip-hop que ela ingressou no mundo artístico. Em 1989, Xuxu montou o projeto Dança Educação Arte e Cidadania no Instituto Estadual de Educação e logo as aulas práticas e teóricas motivaram a criação da Companhia de Dança Alma Negra. Hoje, aos 53 anos, dá aulas para pequenos grupos em casa, e ainda trabalha em uma coreografia para a Cia de Dança Alma Negra.

Às 16h, o Paratodos apresenta o coletivo Basurama, grupo de artistas que transforma lixo e resíduos em arte. Criado há 13 anos por arquitetos e artistas de Madri – no Brasil desde 2007 – o grupo produz instalações e brinquedos utilizando materiais que normalmente são jogados fora. Em seguida, uma reportagem sobre o fotógrafo Gervásio Batista, que fez algumas das mais famosas fotografias de presidentes brasileiros nas últimas cinco décadas. Aos 91 anos, ele fala sobre sua carreira e relembra momentos históricos.

O Paratodos mostra também a peça Eu vou tirar você desse lugar, que se inspira nas músicas de Odair José. No espetáculo, tipos populares como uma prostituta, um garoto sonhador e uma doméstica se misturam numa dramaturgia inédita.

Patagônia

Patagônia

O dia termina com uma viagem pela Argentina, mostrando as belezas naturais da Patagônia. O segundo e último episódio de Patagônia Selvagem desbrava os picos dos Andes austrais com suas florestas selvagens e lagos transparentes. O documentário registra a geleira Perito Moreno e suas paredes de gelo de 60 metros de altura, que mergulham continuamente em um lago, e constituem uma das mais importantes reservas naturais de água potável do mundo.

Potentes movimentos tectônicos estão na origem da poderosa cadeia de vulcões da Patagônia. Muitos deles, como o vulcão Copahue, ainda estão ativos, e contribuem para a criação de termas conhecidas por seus efeitos terapêuticos. Assim são formadas estas paisagens surrealistas compostas de rios ricos em enxofre, lagos ácidos, e repletas de espécies singulares.

Cuidadosamente garimpada em mais de 500 horas de gravação, a série franco-argentina acompanha um grupo de arqueólogos argentinos à procura das origens da humanidade no continente americano. Esta investigação dos primeiros passos do Homo Sapiens na América é o fio condutor de uma exploração apaixonada das paisagens e da fauna de um dos mais ricos ecossistemas do planeta.

Cena de Eu que te benzo...

Cena de Eu que te benzo…

Eu que te benzo, Deus que te cura

No domingo, a TV UFSC reprisa, às 8h25 e às 13h, o UFSC Entrevista que recebeu o ex-diplomata brasileiro no Iraque, Bernardo de Azevedo Brito. Autor do livro Iraque: dos primórdios à procura de um destino, Azevedo Brito fala sobre sua experiência na embaixada brasileira de 2006 a 2011. Ao comentar a crise atual, lembra que os problemas começaram já com a criação em 1921 do que conhecemos como o Iraque moderno. Isso porque foram colocadas no País três comunidades diferentes: árabes xiitas, árabes sunitas e curdos, e que refletem mais decisivamente a situação atual.

Já às 15h30, o Papo de Mãe recebe mulheres com nanismo para conversarem como é cuidar de uma criança quando se convive com as limitações e o preconceito com a síndrome provoca. A falta de informação faz com que muita gente pense, por exemplo, que elas nem poderiam engravidar. Mariana Kotscho e Roberta Manreza conversam com as mães Priscila Menuci, atriz, mãe de dois filhos; Sú Prates, auxiliar de departamento pessoal, mãe de dois filhos; e Naty Grapeia, figurante, mãe de uma filha. Também participam do papo o médico geneticista Wagner Baratela, que também tem nanismo, e a psicóloga Cristiane Pertusi.

Encerrando o fim de semana, a exibição, às 21h, do documentário Eu que te benzo, Deus que te cura registra as práticas terapêuticas religiosa-populares realizadas por benzedeiras de Florianópolis. A chamada medicina popular existe desde o início das civilizações, mesmo antes da medicina científica (ou alopática) que conhecemos atualmente. Embora muitas destas práticas não sejam reconhecidas e sejam, por vezes, desvalorizadas pelas instituições tradicionais, as pessoas continuam procurando essa forma de cura.

Entre os temas tratados, estão os motivos e doenças que fazem pessoas procurarem as benzedeiras, bem como a forma que esse conhecimento é transmitido. Além das benzedeiras, foram entrevistados um museólogo, uma psicóloga, uma antropóloga, um médico e um ambientalista que contribuem para fornecer uma análise mais crítica sobre a benzedura e falam sobre as suas experiências relacionadas à benzeção.

Para acompanhar os programas da TV UFSC, sintonize o canal 15 da NET Florianópolis ou o Canal Aberto 63.1 Digital. A programação completa pode ser conferida nos sites www.tv.ufsc.br e tvbrasil.ebc.com.br. Assista, também, aos boletins de notícias no www.youtube.com/tvufsc.

Por Marília Quezado/Estagiária  de Jornalismo/TV UFSC

Colaborou: Giovana Tiziani/TV Brasil

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