UFSC e IMA inauguram primeira estação pública de monitoramento da qualidade do ar

Representantes da UFSC e do IMA no local de instalação da primeira estação pública de monitoramento da qualidade do ar no estado. Fotos: Roberto Zacarias/SecomGOVSC
Na tarde desta quarta-feira, 4 de junho, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sediou um evento no Gabinete da Reitoria para celebrar o convênio que oficializa a parceria com o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA). O objetivo do acordo é a instalação da primeira estação pública de monitoramento da qualidade do ar no estado, um projeto que consolida Santa Catarina como referência nacional no setor. Localizada próxima à Biblioteca Universitária (BU), a unidade já está em operação e disponibiliza dados precisos e acessíveis ao público, representando um avanço expressivo na gestão ambiental.
O evento contou com a presença de lideranças acadêmicas e ambientais, incluindo o reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza; a vice-reitora, Joana Célia dos Passos; o superintendente de Projetos da Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq), William Gerson Matias; o professor e responsável pelo projeto, Leonardo Hoinaski; o diretor de Controle, Passivos e Qualidade Ambiental do IMA, Diego Hemkemeier Silva; o gerente de Resíduos e Qualidade Ambiental do IMA, Fábio Castagna da Silva; e a assessora de gabinete Amanda Ramos Silveira, representando a presidente do IMA, Sheila Maria Martins Orben Meirelles. Estagiários envolvidos no projeto também participaram do encontro.
O reitor Irineu Manoel de Souza falou da relevância do projeto para a Universidade e para a sociedade. “É um momento muito significativo para todos nós. Este equipamento de monitoramento do ar, que o IMA está instalando em parceria com o Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, reforça nossa missão de prestar suporte científico e tecnológico à sociedade. A Universidade está muito satisfeita em participar de um projeto que também envolve estudantes, docentes e técnicos, fortalecendo o papel acadêmico e a colaboração com o poder público”, destacou.
A vice-reitora, Joana Célia dos Passos, enfatizou o impacto social da iniciativa. “Mais do que uma parceria entre a UFSC e o IMA, este equipamento é um instrumento essencial para a formulação de políticas públicas que impactam diretamente a qualidade de vida da população. É isso que deve mover a universidade e o poder público: garantir que a ciência e as políticas públicas transformem a vida das pessoas”, afirmou.
O superintendente de Projetos da Propesq, William Gerson Matias, ressaltou o valor do projeto para a produção de conhecimento e a tomada de decisões estratégicas. “Essa unidade vai muito além da Universidade. Ela contribui para a rede nacional e nos ajuda a entender como a atmosfera se comporta em diferentes regiões. Esses dados são essenciais para a gestão e a tomada de decisões, especialmente em temas como descarbonização e regulamentação ambiental, áreas nas quais a UFSC e o IMA podem avançar juntos”, comentou.
Já o professor Leonardo Hoinaski, responsável pelo projeto, relembrou os desafios e conquistas que marcaram a trajetória da iniciativa. “Desde que entrei na UFSC, meu sonho era fazer algo que realmente trouxesse mudanças. Trazer o IMA para dentro da Universidade foi uma conquista enorme, que vai além da instalação da estação. Esse ponto de monitoramento público simboliza um avanço significativo na gestão da qualidade do ar em Santa Catarina”, disse. Hoinaski também anunciou planos de expansão, com a criação de uma rede colaborativa de monitoramento envolvendo outras instituições públicas, como o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e o Instituto Federal Catarinense (IFC). “Estamos desenhando um projeto maior, com múltiplos convênios, para instalar mais pontos de monitoramento em todo o estado”, completou.
A estação, administrada pelo IMA, é pioneira por ser 100% pública, com dados disponíveis na plataforma do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e acessíveis à população pelo site do IMA. Essa transparência foi evidenciada por Fábio Castagna da Silva, gerente de Resíduos e Qualidade Ambiental do IMA, que enfatizou o pioneirismo do projeto. “Desde os anos 1980, quando a primeira estação foi instalada no complexo termoelétrico Jorge Lacerda, os dados nunca foram públicos. Agora, temos a primeira estação administrada pelo poder público. Esse equipamento, homologado internacionalmente, fornece dados de alta precisão sobre poluentes que impactam diretamente a saúde pública. É um marco histórico para o estado”, argumentou.
Diego Hemkemeier Silva, diretor de Controle, Passivos e Qualidade Ambiental do IMA, celebrou a parceria e reiterou a importância do acesso democrático aos dados ambientais. “O ar que respiramos é democrático. Seja rico ou pobre, todos respiramos o mesmo ar. Essa estação traz transparência e é um avanço fundamental para a criação de políticas públicas eficientes. Estamos muito felizes com essa parceria e com o equipamento, que é de ponta e vai beneficiar toda a Grande Florianópolis e o estado de Santa Catarina”, pontuou.
Amanda Ramos Silveira, chefe de gabinete e representante da presidência do IMA, destacou a visão estratégica da gestão atual em promover parcerias e inovação. “Quando vimos a possibilidade de colaboração com a UFSC, nossos olhos brilharam. Essa parceria com uma instituição de referência é um exemplo de como unir forças pode gerar resultados transformadores. Estamos trabalhando para expandir o projeto e entregar um futuro mais verde e sustentável para as próximas gerações”, declarou.
Após a cerimônia, os participantes visitaram o local da estação, que já está em funcionamento. O equipamento, que fornece dados inéditos sobre a qualidade do ar em Santa Catarina, simboliza o início de um esforço conjunto entre academia e poder público para promover a sustentabilidade e proteger a saúde da população.
Rosiani Bion de Almeida / SECOM UFSC
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