UFSC na mídia: professora explica a afasia, distúrbio que acometeu o ator Bruce Willis
A professora Maria Isabel D’Ávila Freitas, do Departamento de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), concedeu entrevistas a diversos meios de comunicação para explicar sobre a afasia, o transtorno da linguagem que ganhou evidência após acometer o ator Bruce Willis. Maria Isabel é coordenadora do Comitê de Linguagem Oral e Escrita do Adulto e do Idoso, do Departamento de Linguagem da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia.
Na UFSC, a professora é coordenadora do ambulatório de afasia e do Grupo de Atenção à Pessoa com Afasia (GAPA), que funciona nas dependências do Hospital Universitário. Durante a pandemia da COVID-19 os encontros dos participantes do GAPA têm sido na modalidade à distância. Os interessados podem obter maiores informações pelo e-mail gapa.ufsc@gmail.com ou pelo instagram @gapa.ufsc.
Na entrevista ao jornal Estado de São Paulo, a especialista da UFSC disse que, apesar das poucas informações disponíveis, é possível que a afasia do ator seja um tipo de demência rara que afeta a linguagem, a Afasia Progressiva Primária (APP), uma vez que não houve notícia de que ele tenha sido diagnosticado com tumor ou Acidente Vascular Cerebral (AVC), por exemplo. Ela ressalta que as causas da afasia devem ser investigadas por um médico, mas que o tratamento do distúrbio da linguagem que o paciente apresenta é papel do fonoaudiólogo.
Ao portal G1, a professora explicou que a afasia é um distúrbio neurológico que afeta não somente a fala. “A capacidade para compreender a fala, se comunicar pela escrita e gestos, além de dificuldade na leitura também são considerados sintomas da afasia”, afirmou.
A causa mais frequente da afasia é o AVC que afeta o lado esquerdo do cérebro, relacionado à função da linguagem, mas o transtorno pode ser provocado também por tumores, traumatismos, aneurisma, infecções e demências.
O tratamento fonoaudiológico é indicado para as pessoas com afasia e pode ajudar a recuperar a capacidade de linguagem nos casos de AVC, tumores, infecções ou traumatismos. Já nos casos cuja doença é de origem neurodegenerativa, como a Afasia Progressiva Primária, o tratamento busca preservar, pelo maior tempo possível, as habilidades de linguagem, explicou a especialista.
Um estilo de vida saudável, com exercício físico regular e boa alimentação, ajuda a prevenir o AVC, principal causa relacionada à afasia, além de ser um fator de proteção do cérebro em geral, o que ajudaria a prevenir o surgimento de demência ou a sua progressão.