Boletim do Necat: Pesquisador da UFSC analisa explosão de casos de covid-19 em janeiro

04/02/2022 17:30

Ao final de janeiro, 1.442.511 pessoas já tinham sido contaminadas pela Covid-19, sendo que até quinta-feira, 3 de fevereiro, mais de 1.458.000 pessoas já tinham sido contaminadas no estado. Destas, 20.664 morreram. Em função disso, Santa Catarina passou a ocupar o terceiro lugar no ranking nacional dentre os estados com o maior número de registros da doença a cada 100 mil habitantes. Em termos absolutos, já é o sexto estado como maior número de casos e o décimo com maior número de óbitos. Os dados são apresentados no Boletim NECAT, que agora passará a ser veiculado mensalmente e analisa os dados relativos à janeiro.

O documento é assinado pelo professor Lauro Mattei, do Núcleo de Estudos de Economia Catarinense, e destaca ainda a informação de que o mês de janeiro de 2022 apresentou o maior número absoluto de casos mensais desde o início da pandemia de Covid-19. “Geograficamente, os registros oficiais se distribuem por todas as seis mesorregiões e vinte microrregiões, sendo que todos os 295 municípios existentes no estado já registraram a ocorrência da doença”, pontua o professor, no boletim.

Ainda, quando se compara o coeficiente de Santa Catarina em relação ao Brasil a cada 100 mil habitantes, nota-se, conforme o boletim, que o estado tem um coeficiente de incidência da doença 1,66 vezes superior ao do país. Em função disso,  passou para o terceiro posto dentre as unidades da federação com o maior coeficiente de incidência da Covid-19 no território nacional.

“O crescimento agregado dos casos no mês de janeiro/22 foi de 16% em relação ao último mês de 2021. Em termos gerais, observa-se que houve taxas ligeiramente distintas entre as diferentes regiões. Por um lado, a região da Grande Florianópolis apresentou taxa de crescimento bem acima da média estadual (24%), enquanto as regiões do Planalto Norte-Nordeste e Grade Oeste apresentaram taxas de crescimento idênticas à média estadual”, indica o documento.

Conforme o texto, diversos indicadores analisados comprovam a tendência de um forte recrudescimento da pandemia em todas as regiões do estado, invertendo uma tendência que tinha se consolidado nos últimos meses de 2021. “Entendemos que ainda é necessário manter as principais medidas preventivas até que o percentual da população vacinada atinja um patamar capaz de evitar a contínua propagação do novo coronavírus, especialmente da nova variante que está se disseminando no estado”, analisa, referindo-se à ômicron.

Acesse os boletins do Necat aqui.

Tags: boletim do NecatNecatNúcleo de Estudos da Economia Catarinense (Necat)