UFSC na mídia: Epidemiologista comenta vacinação de crianças e variante Ômicron
A epidemiologista Ana Curi Hallal, professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi entrevistada pelo programa Jornal do Almoço, do grupo NSC, nesta terça-feira, 28 dezembro. Ela defendeu a vacinação de crianças e comentou sobre a chegada da variante Ômicron ao Estado de Santa Catarina. A professora Ana Hallal é integrante da Comissão Permanente de Monitoramento Epidemiológico da UFSC.
Ela citou diversas vantagens da vacinação do público infantil. Em primeiro lugar, a vacinação evita que as crianças adoeçam, tenham sequelas ou sofram a síndrome inflamatória sistêmica associada à Covid-19. A imunização também é importante para o controle global da pandemia, uma vez que as crianças vacinadas evitam a transmissão para colegas e professores, o que pode levar ao fechamento de turmas e escolas. E também ajuda a evitar que as crianças transmitam para os pais e avós, pessoas mais vulneráveis e que podem ter consequências mais graves. “Precisamos que todos estejam vacinados para que, além da proteção individual, tenhamos a proteção coletiva”, disse a professora.
Em relação à Ômicron, Ana Hallal concordou que a variante “acende um alerta” uma vez que é mais transmissível que as cepas anteriores. A boa notícia é que todas as medidas protetivas – distanciamento social, uso de máscara, lavagem das mãos e vacinação – funcionam também para a variante Ômicron. De acordo com ela, o momento é de refletir e aprender com os erros e acertos que experimentamos até aqui.
A epidemiologista afirma que é bastante possível que tenhamos aumento no número de casos de Covid-19 no começo do próximo ano, em função da alta transmissibilidade da Ômicron e do relaxamento das medidas de proteção individual e do distanciamento social. No entanto, ela espera que, com o aumento da taxa de vacinação de adultos e a vacinação de crianças, os casos sejam menos graves, com menor número de internações e mortes.
No momento, a maior preocupação da especialista é com a adesão dos pais à vacinação das crianças, lembrando que as fake news e informações desencontradas levaram muitos a ficarem em dúvida. “É importante que todos tenham claro: a vacina é segura, foi testada para crianças, protege contra a doença e contra sequelas. Será um benefício para as crianças e para todos nós que se vacine essa faixa etária entre cinco e onze anos”, afirmou.
Veja a entrevista completa em https://globoplay.globo.com/v/10164349/?s=0s