Arrefecimento da pandemia não permite relaxar prevenção, alerta boletim do Necat
O Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (Necat) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) publicou o número 75 do Boletim Covid-19 em SC, intitulado “Mesmo com queda dos principais indicadores da Covid-19, ainda é cedo para flexibilizar medidas preventivas”. O boletim analisa o comportamento da pandemia na semana compreendida entre 9 e 15 de outubro, período em que o Estado registrou 4.760 novos casos e 88 novos óbitos.
As informações analisadas mostram que a circulação do vírus em Santa Catarina continua em patamar elevado. “Segundo a última matriz de risco divulgada pelo governo estadual em 16.10.21, o número de reprodução efetivo (Rt) – indicador que mede a taxa de transmissão do vírus na população – ficou em 0.96, sendo que nas diversas regiões esse indicador variava entre 0.96 a 1.0”, alerta o documento. O número de reprodução efetivo deve ser menor que 1.0 para indicar a tendência de controle da pandemia.
O documento registra a queda continuada da média móvel semanal de mortes diárias: caiu de 17 mortes diárias no final de setembro para 13 óbitos por dia na semana considerada – recuo de 23% em relação à média dos últimos 14 dias. Para efeito de comparação, no mês de outubro de 2020 a média de mortes foi de nove ocorrências diárias. Em decorrência, o número de óbitos diários faz com que Santa Catarina apresente o 13º maior coeficiente de mortalidade no país a cada 100 mil habitantes.
“Em síntese, o comportamento do conjunto de indicadores analisados neste boletim, mesmo que bastante favorável, ainda não permite nenhum relaxamento em relação às medidas de prevenção e de controle da doença, especialmente em função da circulação também em Santa Catarina da nova variante (Delta)”, registra o documento, que é assinado pelo coordenador geral do Necat, professor Lauro Mattei.