Comunidade científica se manifesta contrária à flexibilização do distanciamento social
Em manifesto divulgado nesta segunda-feira, 6 de abril, entidades científicas de Santa Catarina se posicionam em relação à flexibilização do distanciamento social, expressa pelo Governo do Estado na portaria 223, de 5 de abril. “A portaria repete o erro do plano anterior, afronta à ciência, às evidências epidemiológicas e tem potencial para agravar a epidemia”, destaca o documento.
As entidades salientam que não há disponibilidade de kits para testar todos os pacientes do estado e que a epidemia está em plena expansão. Ressalta-se ainda que, nas últimas três semanas, os casos de síndrome respiratória aguda grave no Brasil foram 596% maiores do que no mesmo período do ano passado e que a carência de dados epidemiológicos, somada a algumas políticas adotadas, provoca uma falsa sensação de segurança na população.
Assim, a força-tarefa alerta para a natureza precipitada da portaria 233 e, em consequência, para o risco do aumento de casos. Também recomenda que o governo regulamente o uso obrigatório de máscaras e a adoção de medidas de higiene por todos os profissionais que tenham interação com o público, bem como aumente as informações sobre a epidemia, as campanhas de conscientização e a fiscalização e adie a validade da portaria 223 até que haja condições de segurança e informação suficientes para permitir o retorno gradual das atividades.