UFSC terá semana de vacinação contra o sarampo de 25 a 29 de novembro

25/11/2019 08:55

Já no clima de retrospectiva, vamos relembrar de um fato que marcou negativamente 2019 no âmbito da saúde pública no Brasil: a volta do sarampo. A doença altamente contagiosa se encontra em atividade, com a confirmação de 10.429 casos e 14 óbitos no país, até a última semana de outubro. Esse retorno fez com que o Brasil perdesse o certificado de eliminação do sarampo, recebido da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) em 2016. Até o momento, segundo a Diretoria de Vigilância em Saúde, dos 93 casos confirmados em Santa Catarina neste ano, 23 foram em Florianópolis. 

Visando combater o desenvolvimento da doença, o Curso de Enfermagem da UFSC, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, promoverá uma semana de vacinação contra o sarampo dentro da Universidade. A atividade integra a Campanha Nacional promovida pelo Ministério da Saúde e ocorrerá entre os dias 25 e 29 de novembro, segunda à sexta-feira, no prédio da Reitoria, campus UFSC Trindade. A ação também conta com o apoio da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) e da Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte).

Foram encaminhadas a Santa Catarina 125 mil doses da vacina tríplice viral para esta que é a segunda etapa de vacinação, e que tem como público-alvo jovens adultos entre 20 e 29 anos, grupo que concentra 44% dos casos confirmados no estado. A estimativa é de que mais de 420 mil pessoas dessa faixa etária ainda não são vacinadas contra o sarampo no estado. Além de prevenir contra o sarampo, a tríplice viral também atua na prevenção da rubéola e da caxumba.

A professora Felipa Amadigi explica que todos os professores do curso de Enfermagem participarão da ação, tanto orientando os estudantes, da 4ª fase em diante, que aplicarão as vacinas, como atendendo a população. No total, serão cerca de 200 pessoas envolvidas, divididas em turnos entre às 9h30 e 21h. A expectativa é a de vacinar todos os que procurem atendimento, que ocorrerá no trailer da Secretaria de Saúde do município, estacionado em frente à Reitoria durante toda a semana. Para Felipa, “é fundamental criar espaços como esse, onde possamos promover a extensão, oportunizando aos nossos alunos que aprendam ainda mais, ao mesmo tempo que contribuem com a saúde e bem-estar de toda a comunidade”. 

A indicação é para que todos que procurem o serviço levem a carteira de vacinação. Caso não tenha, é necessário apresentar um documento com foto. Caso a pessoa não tenha certeza sobre ter sido vacinada na infância ou adolescência, passará pelo processo de revacinação, recebendo a primeira dose e, depois de 30 dias, a segunda. A ação visa, prioritariamente, vacinar todos os estudantes e servidores entre 20 e 29 anos, mas também se estende a pessoas de até 49 anos que eventualmente ainda não foram vacinadas, tanto da Universidade como da comunidade em geral. A vacina está contraindicada para quem teve reações alérgicas graves após recebimento de dose anterior, usuários com imunodeficiência  e gestantes.

Saiba mais:

O sarampo – É uma doença febril altamente contagiosa causada por vírus.
Principais sintomas – Febre e manchas vermelhas pelo corpo, além de tosse, coriza, dor de garganta, conjuntivite, cansaço e dor de cabeça.
Transmissão – Acontece pelo ar, de pessoa a pessoa, por meio das secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar.
Complicações do sarampo – Podem incluir cegueira, encefalite (infecção acompanhada de edema cerebral), diarreia grave, infecções no ouvido e pneumonia. São mais frequentes em pessoas mal nutridas ou com o sistema imunológico enfraquecido.
Prevenção – A vacina Tríplice Viral (VTV, SRC, MMR) é a principal forma de se proteger contra o sarampo. Protege também contra a rubéola e a caxumba.
Quem deve se vacinar – Jovens de até 29 anos precisam de duas doses da vacina, conforme situação vacinal. As pessoas de 30 a 49 anos precisam receber apenas uma dose.
Contraindicações – Pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores, crianças menores de 6 meses, gestantes e pacientes com imunodeficiências congênitas ou adquiridas.
Se souber de um caso, o que faço? – Procure o serviço de saúde mais próximo da sua casa.

Karina Ferreira / Estagiária de Jornalismo / Agecom / UFSC

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