Homenagem marca dois anos da morte do reitor Cancellier

02/10/2019 15:11

Amigos, familiares, ex-alunos e colegas do reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo reuniram-se na manhã desta quarta-feira, 2 de outubro, para marcar com homenagens a data de sua morte, ocorrida há dois anos. A ocasião foi marcada pelas lembranças de um irmão, amigo, estudante, professor e colega de trabalho que se foi de forma trágica, e marcadamente deixou saudades.

O convite do reitor Ubaldo Cesar Balthazar veio pelas redes sociais. Um chamamento para que, às 9h da manhã, ocorresse uma homenagem e visita ao túmulo do amigo Cancellier. Compareceram ao Cemitério Jardim da Paz cerca de 40 pessoas, membros da Administração Central, professores, técnicos administrativos em Educação e estudantes. O tributo, singelo, foi marcado por falas sobre violência, arbítrio, justiça, e saudade. Os amigos compartilharam suas lembranças de Cau – forma carinhosa como era conhecido o reitor – e a maioria falou de seu legado e prometeu não deixar esmorecer o sentimento de defesa da universidade pública, e da UFSC, em especial.

“A violência combate-se com a paz. E o Cau inspirou a paz, a tolerância, a humildade”, sintetizou o irmão Julio Cancellier, que falou em seu discurso também sobre a matéria publicada hoje na Folha de S. Paulo com uma entrevista do filho do reitor Cancellier, professor Mikhail Cancellier.

“Cancellier não desaparece com o gesto que cometeu para combater o arbítrio. Pelo contrário, nos anima a lutar pela universidade pública, pela UFSC”, salientou o presidente da Apufsc-Sindical, Carlos Alberto Marques.

“Ele era tolerante, paciente, tudo ele conversava e aceitava, menos a injustiça”, complementou a pró-reitora de Pós-Graduação, Cristiane Derani, que lecionou no Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) com Cancellier.

O reitor Ubaldo destacou o momento político que vive a universidade pública. “A mesma política que levou o Cau a esse ato está aí hoje, desmantelado a universidade pública”, avaliou. Ubaldo contou de sua própria trajetória na UFSC e como seus caminhos se encontravam com Cancellier, desde quando, nos anos 70, o então estudante Cau era atuante no movimento estudantil. “Ainda hoje é muito difícil estar na Universidade sem o Cau. Cada vez que eu tenho que tomar uma decisão que vai repercutir, quando me perguntam o que vou fazer sobre um assunto sério na Universidade, eu me questiono: ‘o que é que o Cau faria?’. Assim, eu bato papo com ele na minha cabeça”, compartilhou.

“Eu espero que a memória do Cau não desapareça nunca. Vamos pensar sempre no nosso amigo, que amava a Universidade, respirava a Universidade, vivia para a Universidade”, concluiu.

 

Veja também:
Homenagem do Centro Acadêmico XI de Fevereiro (Caxif)

Matéria no site da Apufsc

 

Texto e fotos: Mayra Cajueiro Warren / jornalista da Agecom / UFSC

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