Centro de Ciências Jurídicas planeja processo de comemoração ao centenário, em 2032

Evento no CCJ planeja comemoração do centenário do curso de Direito, em 2032. Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC
Embrião da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o curso de Direito encerrou os festejos pelos 85 anos de existência com o início do processo de celebração do centenário, em 2032. Diretor em exercício do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ), José Isac Pilati, divulgou na manhã desta quarta-feira, 9 de novembro, as iniciativas para o progressivo processo de comemoração.
Uma comissão permanente, escolhida pelo Conselho da Unidade, será designada para coordenar o processo. Os membros podem ser substituídos, mas a ideia é que, de preferência, sejam os mesmos até lá. “O objetivo é preparar o curso para o seu segundo centenário, para que seja bem mais integrado com a sociedade”.
Pilati também convidou a comunidade universitária a enviar contribuições para uma cápsula do tempo, a ser aberta em 2032. “Serão aceitos documentos, fotografias, cartas e outras contribuições. Ninguém vai censurar a memória”. As mensagens serão lacradas em envelopes e a cápsula será depositada em local secreto, em algum ponto do CCJ. O diretor em exercício também anunciou uma revista sobre memória e registro de época a ser lançada a cada cinco anos.
Outra proposta de Pilati, a ser referendada pelo Conselho da Unidade, é colocar o nome do falecido reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo no mesmo patamar de José Boiteux, patrono do ensino superior em Santa Catarina e um dos fundadores da Faculdade de Direito de Santa Catarina, em 11 de fevereiro de 1932. “Se no direito romano havia a figura do tribuno da plebe, Cancellier vai ser nosso tribuno espiritual, até nomeia uma lei que pune o abuso de autoridade”.
Reitor da UFSC de 1984 a 1988 e de 1996 a 2004, Rodolfo Pinto da Luz foi convidado a falar sobre a história do curso de Direito da UFSC. Ele iniciou desejando tranquilidade e sabedoria ao reitor pro tempore da UFSC, Ubaldo Balthazar, no “momento mais difícil que a UFSC jamais enfrentou”. Ele também elogiou a capacidade de conciliação de Cancellier e disse que o momento seria de “muita alegria, se não fosse sua perda, pela truculência com que foi tratado, sendo absolutamente inocente”. Ele completou sua fala recordando de todos os momentos chave, da criação do curso à construção de novos edifícios na década de 1990.
O reitor pro tempore da instituição, Ubaldo lembrou que ingressou na UFSC como estudante em 1970 e que estará com 80 anos em 2032: “é possível e é viável que estarei aqui, como cidadão e ex-aluno, para esta comemoração”.
Caetano Machado/jornalista da Agecom/UFSC