Mostra cinematográfica PLANETA.doc inicia-se nesta segunda com programação na UFSC
A mostra cinematográfica PLANETA.doc será realizada de 16 de outubro a 10 de novembro em Florianópolis e outras cidades catarinenses. Serão exibidas cerca de 100 obras, incluindo filmes premiados em festivais internacionais, como Sundance, Festival de Berlim e International Documentary Festival Amsterdam. São obras que fazem parte do circuito mundial, que não são exibidos na TV e nas salas do país. Na UFSC, a programação será no Auditório da Engenharia de Produção.
A programação da mostra pode ser acessada no link planetadoc.com/programacao.
Entre os filmes estão:
O Jogo da Extinção, de Jakob Kneser (Doc. DEU/CAN. 52’)
Um documentário poderoso que nos leva dos campos de extermínio no Quênia e na África do Sul para os centro de comércio no Vietnã e na China, através de investigações secretas, guardas florestais, ex-caçadores, conservadores e compradores. O diretor Jakob Kneser expõe os mecanismos letais do comércio global, a conexão terrorista, explica quem são os clientes, o que gera demanda, e o que pode ser feito para parar a matança. Este é o lado escuro da globalização, uma história sobre ganância e uma batalha impiedosa sobre um recurso limitado: Elefantes selvagens e rinocerontes.
Procura-se Desesperadamente Zona Limpa, de Marc Khanne (Doc. FRA. 58’)
Por razões que ainda não estão totamente explicadas, algumas mulheres, homens e até mesmo as crianças estão ficando sensíveis aos campos eletromagnéticos artificiais provocados pelos celulares. Para se protegerem de uma dor constante e inevitável, essas pessoas têm de permanecer fechadas nas suas próprias casas, refugiando-se ou, pior ainda, são obrigadas a deixar as suas famílias ou a parar de trabalhar.
Snake Dance, de Manu Riche e Patrick Marnham. (Doc. Bélgica. 75’)
O conhecimento para construir a bomba atômica foi conscientemente buscado, e o mundo arca com suas conseqüências desde então. O filme explora o legado atômico e sua marca indelével, seguindo as pegadas dos personagens que ajudaram a construir essa história: o alemão Aby Warburg, que estudou os índios Pueblo de Los Alamos, e Robert Oppenheimer, que será para sempre conhecido como o inventor da derradeira arma de destruição de massa.
Que Estranha Forma de Vida, de Pedro Serra.(Doc. PRT. 109’)
Acompanharemos de perto a eco-aldeia de Cabrum, recente comunidade no norte de Portugal; a Cooperativa Integral Catalã, em Barcelona, que pratica a autogestão com moeda própria – o Eco; e por fim, a comunidade autossustentável – Tamera – situada em Portugal também, com quase 20 anos de existência, centro de pesquisa para a paz, com filosofia de amor livre, em busca da autossuficiência.
The CArbon CrooKs, de Tom Heinemann. (Doc. DLN. 57’)
Supunha-se que o comércio de carbono diminuiria as emissões de Co2 reduzindo o aquecimento global. Mas este sistema entrou em colapso. nunca como hoje foi tão barato poluir, e nunca, na história da humanidade, as emissões de carbono foram tão altas.
Buscando Sentido, de Nathanaël Coste e Marc De la Ménardière. (Doc. FRA. 87’)
O documentário conta a história de dois amigos de infância, Marc e Nathanaël, que decidiram largar tudo para iniciar uma jornada em busca da solução dos questionamentos sobre os caminhos do mundo. A jornada dos jovens pelos continentes serve para que eles repensem sua relação com a natureza, com a felicidade e com o sentido da vida.
Damocracy, de Todd Southgate (Doc. BRA. 35’)
O diretor canadense viaja dos cantos mais profundos da floresta amazônica no Brasil, para as montanhas e planícies férteis da Mesopotâmia, na Turquia e desconstrói o mito das barragens como a energia “verde”. Em foco, a discussão de dois projetos gigantescos: Belo Monte no Brasil e Ilisu na Turquia.
A Lei da Água (Novo Código Florestal), de André D’Elia (Doc. BRA. 78’)
O documentário discorre sobre as florestas e como elas são importantes para os recursos hídricos do Brasil. Através de entrevistas com ruralistas, ambientalistas, cientistas e agricultores, o documentário relembra a votação no Congresso do Novo Código Florestal e questiona seu impacto com opiniões divergentes. Além de problematizar as mudanças na legislação responsáveis por decidir o que deve ser preservado e o que pode ser desmatado nas propriedades rurais do Brasil.
A última chamada, de Enrico Cerasuolo (Doc. ITA. 90`)
O filme conta a história de um dos livros ambientais mais controversos e inspiradores de todos os tempos. Os autores de “The Limits to growth” fornecem uma visão provocativa sobre as razões da crise mundial diante de um crescimento sem limites. Ainda há tempo para uma última chamada?
A praça pede passagem, de Fernando Ramos (Doc. BRA. 100’)
O filme debate a urgência da retomada dos espaços públicos nas cidades contemporâneas. Aborda também as origens de nosso caos urbano e os conflitos entre pessoas e carros.
MetAmorphosen, de Sebastian Mez (Doc. ALE. 84’)
Ambientado no meio do nada, na região sul dos Urais, na Rússia, o filme conta a história dos habitantes de um dos lugares de maior contaminação radioativa do planeta.
Contagem regressiva, de Luis de Alencar (Doc. BRA. 92’)
Durante a preparação para os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro cerca de 80 mil pessoas foram removidas de suas casas, mais de 150 linhas de ônibus que saíam de comunidades populares rumo às praias da Zona Sul foram extintas ou encurtadas.
The land between, de David Fedele (Doc. AUS. 78’)
Um retrato íntimo das vidas ocultas e desesperadas de migrantes da África subsariana nas montanhas do norte de Marrocos. Para a maioria, o seu grande sonho é entrar na Europa, atravessando a fronteira altamente militarizada no enclave espanhol de Melilla.
Vozes de Chernobyl, de Pol Cruchten (Fic. LUX. 86’)
Este filme não trata de Chernobyl, mas sim do mundo de Chernobyl, em relação ao qual sabemos muito pouco. Relatos testemunhais sobreviveram: cientistas, professores, jornalistas, casais, crianças. Todos falam de suas antigas vidas cotidianas, e depois da catástrofe. Suas vozes formam uma suplicação, longa e terrível, porém necessária, que cruza fronteiras e nos estimula a questionar nosso status quo.
Comercializando a natureza, de Denis Delestrac e Sandrine Feydel (Doc. FRA. 90’)
O filme investiga a comercialização do mundo natural, onde proteger o planeta se tornou um grande negócio para empresas como Merrill Lynch e JP Morgan Chase. Investidores compram vastas áreas de terra, cheias de espécies ameaçadas de extinção, para lhes permitir vender créditos da natureza. Empresas – cujas ações destroem o meio ambiente – são obrigadas a comprar esses créditos e novos centros financeiros surgem, especializados neste tipo de comércio.
Contenção, de Peter Galison e Robb Moss (Doc. EUA, 81’)
Poderemos conter algumas das mais mortais substâncias já produzidas? Herança da Guerra Fria, uma centena de milhões de litros de lama radioativa segue cobrindo um vasto terreno igualmente contaminado. Governos se mobilizam em uma batalha desesperada Este ensaio observacional revela detalhes sobre esta ameaçadora área de morte, além de investigar a indústria de armas, a usina de Fukushima e nosso profundo subsolo. Um manifesto sobre um presente inquietante e um futuro problemático.
Drone, de Tonje Hessen Schei (Doc. NOR. 78’)
Há anos, sem que os EUA estejam em guerra contra o Paquistão, drones acionados a partir do deserto de Nevada provocam pesados danos e mortes, inclusive de muitos civis, naquele país. Ouve-se diversas famílias paquistanesas, ativistas de direitos.
Tarja Branca, de Cacau Rhoden (Doc. BRA. 79’)
Um manifesto sobre a importância de continuar sustentando o espírito lúdico de nossa infância que gradualmente vamos abandonando na vida adulta.
A programação está toda disponível no site www.planetadoc.com e pelo aplicativo Planeta.DOC, que pode ser baixado no Google Play e Apple Store. Por lá, é possível também acessar trailers dos filmes.