Hospital Universitário assina termo de cooperação e sediará Ambulatório de Saúde do Trabalhador

14/09/2016 08:08

Ocorreu na manhã desta terça-feira, 13 de setembro, a assinatura de Termo de Cooperação Técnica que proporcionará a implantação do Ambulatório de Saúde do Trabalhador do Sistema Único de Saúde (SUS) de Santa Catarina. Estavam presentes representantes da Secretaria de Estado da Saúde, Ministério Público do Trabalho, Hospital Universitário (HU/UFSC), o reitor Luiz Carlos Cancellier e a vice-reitora Alacoque Lorenzini Erdmann.

Representantes assinando o Termo de Cooperação Técnica. Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC

Representantes assinando o Termo de Cooperação Técnica. Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC

A coordenadora do Ambulatório de Saúde do Trabalhador do Hospital Universitário (HU), Edna Maria Niero, ressaltou a importância da implantação e o intuito que o Ambulatório tem de ser um serviço constituído por profissionais de várias formações e saberes técnicos, atendimento direto ao trabalhador com dificuldade de diagnósticos, um locus de aprendizagem aos alunos dos cursos da área de saúde, estabelecer articulações intersetoriais, interinstitucionais e com o controle social, especialmente os trabalhadores e suas organizações.

Coordenadora do Ambulatório de Saúde do Trabalhador do Hospital Universitário Edna Maria Niero. Foto: ítalo Padilha/Agecom/UFSC

Coordenadora do Ambulatório de Saúde do Trabalhador do Hospital Universitário, Edna Maria Niero. Foto: ítalo Padilha/Agecom/UFSC

“O público-alvo são todos os trabalhadores, independentemente de sua localização (urbana ou rural), da sua inserção no mercado de trabalho, de seu vínculo empregatício (público ou privado), assalariado, autônomo, avulso, temporário, cooperativado, aprendiz, estagiário, doméstico, aposentado ou desempregado”, concluiu Edna.

O reitor da UFSC diz estar muito satisfeito com esse acordo. “Essa pauta já estava na agenda há alguns anos e hoje estamos vendo essa ideia sendo realizada. A UFSC é muito grande, tem muita capacidade para crescer e o HU é uma prioridade. Estamos trabalhando na perspectiva de ter um bom atendimento, a todos e 100% SUS”, completou.

A diretora de Vigilância Sanitária do Estado de Santa Catarina, Raquel Ribeiro Bittencourt, destacou o desejo de que, no futuro, o médico possa estabelecer um diálogo com o trabalhador, saber onde ele trabalhou ou trabalha, para quem sabe descobrir a possível causa da doença. “Espero que isso seja realizado, seria bem importante.”

O Brasil contribui significativamente para a estatística mundial com seus mais de 700 mil acidentes e adoecimentos em consequência do trabalho, a cada ano. E isso somente entre trabalhadores formais, ou seja, com benefícios e carteira profissional assinada que correspondem a aproximadamente 45% da população economicamente ativa. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o país ocupa a 4ª colocação no ranking mundial, com estimativa de que os custos dos acidentes e doenças de trabalho equivalem a cerca de metade dos gastos com o SUS.

Em Santa Catarina, dados do INSS apontam um índice 48% superior à média nacional, e, além disso, segundo o IBGE, o estado ocupa o 2º lugar no ranking nacional de trabalho infantil, na faixa etária de 10 a 17 anos.

Manuella Mariani/Estagiária de Jornalismo/Agecom/UFSC

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