Jogo produzido por estudantes da UFSC está em votação popular para ser lançado em plataforma on-line
A versão 2D do jogo The Rotfather, criado por estudantes da UFSC com orientação da professora Mônica Stein, do curso de Design, está em votação popular no Greenlight da Steam para ser lançado na plataforma de jogos on-line Steam. O game foi produzido por integrantes do projeto de pesquisa G2E, Grupo de Educação e Entretenimento. A equipe discute e projeta opções de entretenimento com foco educativo e/ou comercial, por meio de games, animações e jogos de tabuleiro. A votação não tem um dia para terminar, mas, para o jogo ser lançado, deve ter aceitação do público e grande quantidade de votos “SIM” no site.
O grupo G2E procura desenvolver o projeto de forma que ele envolva várias indústrias criativas dentro do universo do The Rotfather. A narrativa do jogo procura ser forte e extensa, permitindo criar uma série de produtos a partir da mesma história. A professora Mônica explica que o game possui três volumes e utiliza o conceito de transmídia, em que vários produtos pertencem ao mesmo universo, são independentes e se somam. “Cada volume do jogo traz uma parte do contexto: a ascensão/queda de um rato mafioso nos esgotos de Nova Iorque na década de 1940; a briga com outras gangues para manter o poder; e a passagem do império para o sucesso, já na velhice do personagem.”
Rebeca Acco, aluna de Design que participa do G2E desde 2011, conta que é possível trabalhar em diversas áreas dentro do projeto. “Não é só um game, mas todo um universo de várias mídias que são independentes como HQ, websérie animada 2D, livros, card games, board games, além de produtos licenciados como bonecos, brinquedos, entre outros.”
No começo de outubro, The Rotfather participou da Brasil Game Show (BGS) – o maior evento de games da América Latina – em São Paulo. Segundo a professora Mônica, o plano é tornar o projeto um sucesso no mercado: “O game 2D está em votação do público para ser lançado, ou não. Os jogos de cartas estão em fase de lançamento, foram prototipados e testados na BGS, e obtiveram 100% de aprovação. A série animada 2D, os livros, quadrinhos e produtos licenciados, como estátuas, alimentos e artigos de merchandising, estão em produção. Se tudo correr bem, a partir do final deste ano, começaremos a ver produtos The Rotfather na mão do público”, afirma.
Hoje o grupo contém 40 integrantes, entre graduandos e graduados de diversos cursos, trabalhando nas diferentes áreas do projeto. A maioria dos participantes trabalha de forma voluntária, e nove deles recebem bolsa da Universidade. Apesar de problemas com falta de estrutura e financiamento, o projeto conseguiu um laboratório dentro do Departamento de Expressão Gráfica, onde o grupo trabalha e faz reuniões semanais. Os recursos financeiros vêm de financiamento coletivo e apoio da Universidade.
Para Rebeca, participar do projeto ajudou a sua formação. “Houve uma melhora significativa do meu portfólio, um amadurecimento do trabalho em equipe e conhecimento em outras áreas. Descobri qual diretriz dar para meus estudos, pois consegui ter experiências na área do Design e ilustração.”
Débora C. Baldissera/ Estagiária de Jornalismo/DGC/ UFSC
de.baldissera@gmail.com