Mostra fotográfica sobre Iemanjá

11/06/2012 15:29

Mostra reúne 18 fotografias que retratam o culto à Mãe das Águas

Abre nesta quarta-feira, 13 de junho, na Galeria da Ponte, a exposição fotográfica “Dia de Iemanjá”, de Glaucia Pimentel. A exposição apresenta 18 fotografias que retratam o culto à Iemanja (também conhecida como Yemojá, Yemanjá, Yeyé, e outros tantos nomes). As fotografias de Gláucia foram feitas durante um ritual dedicado à Mãe das Águas, em 2 de fevereiro de 2012 (Dia de Iemanjá) na Praia do Pântano do Sul, em Florianópolis.

A Galeria da Ponte é um espaço cultural coordenado pelo Núcleo de Antropologia Visual e Estudos da Imagem (NAVI), localizado no primeiro andar do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFSC, destinado a exposições documentaristas e etnográficas. A exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h, até o dia 15 de julho.

Glaucia Pimentel é socióloga, doutora em Literatura e pós-doutoranda pela Fundação de Pesquisa de São Paulo. Atualmente pesquisa o grafite na arte contemporânea.

Iemanjá é considerada uma entidade sagrada de grande poder na conservação e destruição, mas não vive pelo jogo de poder e dominação. Ela traz a seus fiéis seguidores o sentimento do poder da beleza como instrumento de oração.

“Seus filhos”, como são chamados aqueles que cultuam a deusa-orixá, também celebram seu dia no Reveillon ou mesmo em 10 de fevereiro, e em sua homenagem usam branco ou azul claro, e lhe trazem presentes. São espelhos, bijuterias, perfumes e comidas como a canjica, o manjar branco e a pipoca e outras oferendas brancas, azuis, transparentes e prateadas.

Para pedir proteção, seus seguidores pulam sete ondas, tomam banho de pipoca, comem peixes no dia a ela consagrado, vestem branco e enfeitam suas casas com rosas, como também jogam a ela no mar. Iemanjá é considerada deusa justa e severa, porém vaidosa, que gosta de se preparar para o reinado.

O culto à Iemanjá e aos demais Orixás foi trazido para as Américas pelos africanos escravizados, muitos dos quais eram sacerdotes nas nações do continente africano. Ao se defrontarem com a realidade das novas terras, para onde foram levados sem direito de escolha, sacerdotes e sacerdotisas tiveram que fazer adaptações aos costumes rituais para dar continuidade ao culto aos Orixás, dando origem ao sincretismo religioso no Brasil.

Iemanjá tem, portanto, identidade correspondente a outros santos, como na igreja católica é Nossa Senhora de Candeias, Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Piedade e a Virgem Maria, mas segundo o Candomblé foi trazida pelo povo Egbá, da nação Iorubá.

Mais informações: Gláucia Pimentel / 9908-9097 / glauciaccp@hotmail.com

Tags: antropologiaIemanjáUFSC