Museu assume desafio na nova administração
Colocar em prática um projeto com o MinC para equipar o novo prédio do MArquE e prepará-lo para receber exposições permanentes estão entre as tarefas da instituição
O Museu de Arqueologia e Etnologia de Santa Catarina Oswaldo Rodrigues Cabral (MArquE) permanece sob a direção da historiadora e arqueóloga Teresa Fossari e recebendo o suporte da Secretaria de Cultura (SeCult), à qual continua ligado. A decisão foi comunicada pelo secretário de Cultura Paulo Ricardo Berton, em reunião com a equipe do museu no início desta semana, e confirmada hoje de manhã pela reitora Roselane Neckel.
Teresa Fossari, 66, anos, ficará à frente da instituição que dirige há quatro anos até que seja definido junto com a equipe um projeto de reestruturação administrativa do setor. Esse projeto tem o objetivo de reorganizar a área diante do crescimento que experimentou nos últimos anos e promover a autonomia que uma instituição do seu porte e grandeza necessita. “Estamos estudando com cuidado e parcimônia esse projeto reivindicado pelo próprio setor para que a mudança seja segura e exitosa”, esclarece Berton.
Durante a reunião com os técnicos e funcionários do MArquE, foram destacados os desafios da direção do museu, agora dotado de uma estrutura de padrão de qualidade e dimensões internacionais. “Devemos fazer com que o MarquE cumpra, em sua plenitude, seu papel social e cultural, realizando ações voltadas à comunidade, à representação de sua identidade e à documentação da sua memória”, acentua a diretora, mestre em Antropologia Social na área de Arqueologia (USP) e doutora em Geografia (UFSC).
A tarefa mais desafiante e trabalhosa do museu no momento é colocar em prática um projeto aprovado junto ao MinC, com recursos de quase R$ 3 milhões, para equipar o espaço de exposições permanentes. Com esses recursos, o museu vai mobiliar o Pavilhão Sílvio Coelho dos Santos, dar condições de acessibilidade e, enfim, preparar o prédio para receber as coleções sob a tutela do MArquE, compostas por objetos das etnias indígenas de Santa Catarina de grande importância histórica e cultural. “Queremos colocar Florianópolis na rota das grandes exposições de museu do Brasil”, diz Fossari.
Paralelamente, a equipe do Museu tem a tarefa de colocar em prática um plano para o uso dos espaços museológicos temporários criados no novo prédio, buscando parcerias com instituições e empresas para equipá-los e mobiliá-los. Com esse objetivo, ainda este ano deverá lançar um edital para exposições de curta duração. A Divisão de Museologia também deverá divulgar projetos para editais de fomento à área museológica, além de desenvolver ações como ciclos de palestras, pesquisas, oficinas, cursos.
Texto: Raquel Wandelli (jornalista, SeCult)
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