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Será lançado hoje, 20, a partir das 14 horas, no auditório do Centro de Ciências da Educação da UFSC, o jogo eletrônico educativo “Mata Atlântica – o bioma onde eu moro”. Ana Beatriz Bahia, artista formada pela UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina), responsável pelo roteiro e arte, conta que o game surgiu a partir de uma iniciativa do professor Emílio Takase, do Laboratório de Educação Cerebral da UFSC. Voltado a estudantes do Ensino Fundamental, o jogo pretende promover o aprendizado acerca de 36 espécies de fauna do Bioma Mata Atlântica.

“Desde 2008, o professor Takase desenvolve games de edutenimento (educação com diversão). Ele teve a ideia de trazer para o Brasil uma tecnologia que já era utilizada em lugares com escassa infraestrutura tecnológica, como a Índia rural, que permite conectar dois mouses no mesmo computador, já que nas salas de informática das escolas brasileiras geralmente há 1 computador por 2 ou 3 alunos de uma turma”, conta Ana Beatriz.

O game não se restringe a Santa Catarina, pois várias das espécies de fauna abordadas estão nos 17 estados brasileiros onde ocorre o bioma – um conjunto de diferentes populações de organismos interagindo entre si e também com o meio ambiente.

Ana Beatriz explica que, mais do que informar sobre as espécies do bioma, o game busca sensibilizar os alunos-jogadores para o tema. “Afinal, cuidamos daquilo que conhecemos e estimamos”, diz. A ideia é proporcionar uma experiência divertida e desafiadora para cada dupla de alunos-jogadores, sem que haja competição entre eles. “O multimouse propicia isso, promovendo a relação cooperativa entre os alunos, que tanto formam uma equipe dentro do game quanto podem dialogar face-a-face enquanto jogam”, esclarece.

De acordo com Ana, o jogo prima pela densidade de conteúdo expresso em texto, imagem, áudio e desafios cognitivos. Na parte de produção visual, optou-se pela estética naturalista na representação dos animais e das paisagens dos ecossistemas, destacando a silhueta, as cores e as texturas características de cada espécie representada. Até mesmo o capim e as pequenas flores do Campo de Altitude são espécies da flora características daquele ecossistema.

A trilha sonora também traz conteúdo. O compositor Alberto Heller criou músicas alinhadas com o objetivo pedagógico e com o conteúdo de cada parte do jogo. Para compor a trilha de cada ecossistema, por exemplo, além de instrumentos musicais (como piano), Alberto usou as vocalizações dos animais presentes na paisagem.

Os interessados em adquirir o jogo devem entrar no site do projeto ( http://www.mata-atlantica.educacaocerebral.org) e preencher o cadastro para fazer download do game que é gratuito. “Recomendamos a leitura do tópico ‘Tutorial de instalação’ no Guia de uso do Jogo que está disponível no próprio site. Antes de abrir o jogo, é necessário instalar o plug-in multimouse que está dentro do pacote que será baixado”, explica Ana Beatriz.

O game foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e apoio do estúdio Casthalia <http://www.casthalia.com.br/>, ligado ao polo de desenvolvedores de jogos eletrônicos de Santa Catarina (SC-Game).

Fazem parte da equipe: Dr. Emilio Takase (Coordenação geral); Dra. Cristina Santos (Direção e pesquisa de conteúdo, Produção de material de apoio ao professor e Coordenação dos testes comportamentais); Dra. Ana Beatriz Bahia (Produção de roteiro, Projeto gráfico, Ilustração e animação); Matheus Bassi Blank (Análise e modelagem de software, Programação, Desenvolvimento de plug-in multimouse); Dr. Alberto Andrés Heller (Trilha sonora original); Elaine Mitie Nakamura (Apoio na pesquisa de conteúdo, Apoio nos testes comportamentais) e Luciano Caminha Jr. (Apoio nos testes comportamentais); Diego Schmaedech (Apoio no desenvolvimento).

Mais informações: www.mata-atlantica.educacaocerebral.org, ou por telefone (3721-8245) ou e-mail  (bioma@educacaocerebral.org).