Inclusão Social é debatida em oficina

14/09/2011 16:56
Foto: Brenda Thomé

Professora Suely Araripe se dedica há mais de 10 anos a pessoas com deficiência intelectual, prestando atendimento personalizado na área esportiva, social e inclusiva - Foto: Brenda Thomé

A oficina de Inclusão social das pessoas com e sem deficiência, realizada no Auditório do Colégio de Aplicação e ministrada pela professora de Educação Física Suely Araripe, teve sua primeira edição ontem, 13/09, e será repetida até o dia 21 de setembro. Aberta a alunos, professores, funcionários e à comunidade, a atividade convida a conhecer um mundo diferente, o do deficiente intelectual. O evento tem duração de duas horas e será oferecido em diferentes dias e horários.

“Sendo consideradas diferentes por conviverem com síndromes complexas que limitam a sua independência e a sua qualidade de vida, afetando também seus amigos e familiares, essas pessoas enfrentam muitas dificuldades e têm pouquíssimas oportunidades”, diz a professora Suely. O deficiente não tem colocação no convívio social e conhecendo pessoas deficientes e diferentes daquelas enquadradas no conceito de normalidade, Suely sentiu a necessidade de um “toque”, ou seja, tomar parte ativa na causa “para dar voz e rosto a essas pessoas”. Há mais de 10 anos ela se dedica a pessoas com deficiência intelectual, prestando atendimento personalizado na área esportiva, social e inclusiva.

Na palestra, a professora compartilha a vivência de suas práticas, contando a história dos próprios alunos, e mostra como é necessário o convívio social, mas alerta: “o profissional dessa área não pode virar cuidador, mas deve potencializar o aluno”. Dentro dessa perspectiva, Suely constrói o perfil de cada aluno, faz relatórios, traça um objetivo e mostra que não é possível atingir resultados satisfatórios se o profissional não entender o mundo do deficiente.

Acessibilidade na UFSC

O Comitê de Acessibilidade, que promoveu o evento, foi criado em 2010 para possibilitar a inclusão de estudantes com deficiência no ensino superior. O órgão tem buscado articular ações dentro e fora da UFSC de forma eficiente, acolhendo os alunos e pensando no seu caminhar na universidade em condições de igualdade com os demais. O trabalho de inclusão também envolve a capacitação dos professores, pricipalmente na questão pedagógica.

“Nós fazemos o acompanhamento dos alunos, entramos em contato com a coordenação dos cursos que vão recebê-los e fazemos reuniões para capacitar os professores e levantar todas as necessidades educacionais especiais de que o estudante vai precisar“, diz a supervisora dos programas de inclusão da UFSC/PREG, professora Corina Martins Espindola.

Além da promoção do Comitê de Acessibilidade da UFSC, o evento contou com a parceria da Eletrosul e da Associação Caminhos para a vida.

Serviço:

As inscrições da palestra são gratuitas, e devem ser feitas através do e-mail comiteacessibilidadeufsc@gmail.com, contendo nome, idade, CPF, telefone, e-mail e dia e horário que o interessado deseja fazer a oficina.

Dias e horários da oficina:

– 13/9 (Ter): 15h às 17h ou 18:45h às 20:45h.

– 14/9 (Qua): 9h às 11h ou 18:45h às 20:45h.

– 15/9 (Qui): 15h às 17h ou 18:45h às 20:45h.

– 19/10(Qua): 9h às 11h ou 15h às 17h.

– 20/10(Qui): 9h às 11h ou 15h às 17h.

– 21/10(Sex): 9h às 11h ou 15h às 17h.

Mais informações: (48) 3721-8248 e www.toquehumanizandovidas.com.br

Por Dayane Ros/ Bolsista de Jornalismo na Agecom

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