Carta aberta propõe manutenção de medidas de distanciamento social em Santa Catarina
Em carta aberta endereçada ao governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, aos seus secretários estaduais, aos prefeitos do estado e também ao povo catarinense, um coletivo de entidades, sindicatos, movimentos sociais e culturais propõe que medidas de isolamento e distanciamento social sejam mantidas, mas que setores econômicos planejem-se para atuar no combate ao novo coronavírus.
Em outro trecho, a carta ressalta o potencial industrial do estado e sugere que todos os segmentos se adaptem rapidamente para produzir suprimentos de combate à pandemia da Covid-19. “Entendemos e apoiamos a capacidade e as potencialidades da indústria catarinense. Ela tem força para agir contra o novo vírus. Sendo assim, há muito a ser produzido!” E segue citando uma série de itens que poderiam ser desenvolvidos no próprio território catarinense para uso no enfrentamento ao novo coronavírus. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) também assina o documento.
O texto da carta defende o distanciamento social como uma das principais medidas contra a propagação do novo coronavírus e propõe que os trabalhadores possam ficar em casa até que protocolos de atuação estejam melhor definidos e que o Estado possa garantir renda aos afetados, “que nesses poucos dias que temos para planejar, que o povo possa ficar em casa. O Estado precisa garantir o provento, agora, neste momento, temporariamente”.
O documento ainda pede pela preservação da vida, alarma para a situação no país e pergunta qual a posição que o estado sulista adotaria. “A pesquisa do Imperial College, de Londres, prevê mais de 1 milhão de pessoas mortas no Brasil, caso medidas de contenção não sejam tomadas. Com as medidas mais radicais e precoces, o número de brasileiros mortos pode ser de 44 mil. Quantas dessas mortes será da colaboração de Santa Catarina?”.
O coletivo já havia enviado outra carta ao Governador no último sábado (28) em que alertava para a situação de colapso e pânico no território catarinense sem a adoção de medidas rígidas de isolamento social no enfrentamento à Covid-19.
A carta pode ser lida na íntegra aqui.