‘Nossos Monumentos’: homenagem a Betinho na abertura social da Praça da Cidadania
A data era 13 de abril de 1994. O local, a UFSC. O convidado especial, o sociólogo Herbert José de Souza, o “Betinho”. O evento, a abertura social da Praça da Cidadania, espaço central da Universidade, em frente ao prédio da Reitoria. Na programação, aula magna com Betinho, sessão solene de entrega do título de Doutor Honoris Causa e inauguração do Monumento Contra a Fome, do artista plástico Plínio Verani Júnior. A solenidade ao ar livre foi aberta à comunidade universitária e geral, com a presença do reitor à época Antônio Diomário de Queiroz e autoridades locais.
Para inaugurar essa nova fase da UFSC, nada melhor que falar de causas sociais com um dos principais ícones no assunto. E para que a passagem e a mensagem de Betinho fossem registradas às gerações futuras, foi erguido um monumento em sua homenagem, ligado a uma de suas maiores lutas, o combate à fome e à miséria.
No projeto de humanização do campus, idealizado pelo arquiteto e paisagista Roberto Burle Marx (1909-1994), foi prevista e implantada, em 1992, a Praça da Cidadania. Como parte do plano, a rua principal foi fechada para passagem de ônibus e carros, para se tornar, na gestão do professor Diomário (1992-1996), um lugar de integração, de livre expressão artística e cultural para as mais de 18 mil pessoas que na época circulavam diariamente pelo local. A abertura oficial da praça à sociedade ocorreu dois anos depois. O legado deste momento está simbolicamente registrado nesse monumento que carrega a frase de Betinho “A fome é crime ético”.
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