Estudantes de Economia debatem exploração dos recursos naturais da América Latina

09/08/2013 13:51

Gilberto Cervinski (Movimento dos atingidos por barragens), Maicon Claudio (Eneco) e Mônica Bruckmann (UFRJ) participam da mesa sobre recursos naturais. Foto: Wagner Behr / Agecom / UFSC

A América Latina detém as principais reservas de recursos naturais do planeta, mas a região ainda não estabeleceu uma estratégia para a exploração desses recursos. Esta é a análise feita pela professora Mônica Bruckmann, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, durante o Encontro Nacional de Estudantes de Economia (Eneco). A professora participou da mesa “América Latina e seus recursos naturais: entre a maldição e o desenvolvimento”, realizada na manhã de quinta-feira, 8 de agosto, e que reuniu também o coordenador nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Gilberto Carlos Cervinski.
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Encontro de estudantes de Economia debate movimentos sociais

07/08/2013 13:42

João Cláudio Platenik Pitillo (Faferj), Maicon Claudio (Eneco) e Felipe Salgado (Juventude Socialista do Chile) participam da mesa “Os movimentos sociais na América Latina”. Foto: Wagner Behr /Agecom / UFSC

Na manhã da terça-feira, 6 de agosto, a mesa redonda “Os movimentos sociais na América Latina” atraiu estudantes de Economia na praça da cidadania para conhecer e debater as mobilizações sociais nas favelas do Rio de Janeiro e os protestos no Chile pela qualidade da educação. Os convidados foram o diretor de projetos da Federação de Favelas do Estado do Rio de Janeiro (Faferj), João Cláudio Platenik Pitillo, e o diretor de Educação da Juventude Socialista do Chile, Felipe Salgado. Com o objetivo de destacar a importância da participação popular ao longo da história, a mesa faz parte do Encontro Nacional de Estudantes de Economia (Eneco 2013), que reúne na UFSC acadêmicos de todo o Brasil.

O diretor da Faferj, João Pitillo, fez um histórico da mobilização social por moradia no Rio de Janeiro, desde as políticas de higienização de Pereira Passos, no início do século 20, que derrubou cortiços e provocou a ocupação dos morros, até o cenário atual das milícias e das unidades de polícia pacificadora (UPPs). Para ele, ser líder comunitário é uma atividade de risco, tanto em relação a compreensão pelo poder público das ações sociais quanto a necessidade de manter a credibilidade junto à comunidade.

“A favela está na miséria, falta água, esgoto e educação e surgem doenças erradicadas no início do século passado: a favela da Rocinha tem o maior índice de tuberculose do Brasil”, afirma. Pitillo avalia também que o momento atual é de reorganizar o movimento comunitário do Rio de Janeiro, a partir das manifestações recentes. “Existem ilhas de trabalhos muito bons nas favelas do Rio, como no Jacarezinho, então o desafio é conectar essas ações com o uso de mídias alternativas”, afirma.

O diretor de Educação da Juventude Socialista do Chile, Felipe Salgado, fez um relato da mobilização de 2011-2012 pela melhoria da qualidade da educação. Segundo ele, o grande problema tem origem na ditadura, que deixou a constituição amarrada de forma a não tornar possivel promover mudancas fundamentais na educação, na área social e na política. Na década de 1980 o governo promoveu mudanças para aumentar o número de jovens na educação superior, o que na prática significou a promoção de ações da iniciativa privada, com o objetivo de aferir lucro, alidadas com a baixa fiscalização do Estado. Como resultado, houve queda na qualidade do ensino, a dificuldade de acesso universal às instituições tradicionais e o grande endividamento dos estudantes para custear seus estudos.

Em 2011 começaram as primeiras manifestações, que visavam a democratização da educação, a mudança nos critérios de acesso à universidade, não apenas pelo conhecimento mas também por suas capacidades, bem como em prol da qualidade da educação para todos os jovens e pelo caráter público do financiamento do estado. “O movimento estudantil do Chile começou a se consolidar com o apoio de 80% da sociedade e em 2012 se transformou em um movimento cidadao pela educação pública, gratuita e de qualidade”, explica. Além de oferecer alternativas para o endividamento dos estudantes, hoje há novas regras de acesso à universidade, há maior fiscalização e institucionalidade para alocação de recursos e sanções para instituições que não atendem a critérios de qualidade. “O movimento estudantil se transformou em movimento cidadão, e foi possível questionar elementos entranhados desde a ditadura, que era o sistema político”, explica. “Temos eleicoes parlamentares e presidenciais e quatro dos dirigentes são candidatos a deputados, o que é uma oportunidade de ter jovens no parlamento, para levar a mudanças na constituição”, conclui.

Com o tema “integração latino-americana”, o Encontro Nacional dos Estudantes de Economia (ENECO 2013) vai até 10 de agosto. A programação está disponível no link:http://www.eneco.com.br/images/arquivos/programacao.pdf

Laura Tuyama / Jornalista da Agecom / UFSC
laura.tuyama@ufsc.br

Fotos: Wagner Behr / Agecom / UFSC

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UFSC sedia encontro dos estudantes de Economia até dia 10 de agosto

05/08/2013 09:32

Entre os dias 4 e 10 de agosto, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sedia o Encontro Nacional dos Estudantes de Economia (Eneco 2013). Com o tema “Integração Latino-Americana”, esta edição deve reunir estudantes de todo o Brasil em torno da programação formada por mesas-redondas, minicursos, grupos de discussão, mostras de trabalhos, além de atividades esportivas, sociais e culturais. Parte dos eventos será nas tendas na Praça da Cidadania da UFSC.

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