UFSC recebe caloura usuária de cão-guia e repassa orientações à comunidade

Ingrid Kertelen Franco Medina e seu cão-guia no campus da UFSC. Ingrid foi aprovada no Vestibular 2016 e é caloura do curso de Serviço Social, período noturno. (Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC)
Neste início de semestre letivo, os estudantes, professores e técnicos da UFSC poderão encontrar uma jovem acompanhada de seu cão-guia pelo campus da Trindade. Ingrid Kertelen Franco Medina foi aprovada no Vestibular 2016 e é caloura do curso de Serviço Social, período noturno – em virtude da greve de 2015, as aulas deste curso começam em 11 de abril . Não interagir com o cão enquanto este trabalha como guia, oferecer-lhe carinhos apenas com a autorização da usuária e não alimentá-lo são algumas das orientações do treinador e instrutor Leonardo Goulart Nunes à comunidade universitária.
Nunes explica que, de modo geral, a população desconhece o trabalho dos cães-guia e não está orientada sobre a maneira correta de lidar com os animais. O instrutor destaca a importância de alguns cuidados para garantir a segurança do usuário e do cão. “A pessoa nunca deve chegar e passar a mão no cão; deve abordar o usuário e perguntar se pode interagir. Nunca, em hipótese nenhuma, deve estalar os dedos, assoviar, distrair ou interromper o trabalho do cão, assim como alimentá-lo. O cão só recebe água e comida da mão do dono, salvo se o usuário pedir”, frisa o instrutor.
Ingrid tem 21 anos, nasceu em Brasília e mudou-se para Florianópolis em dezembro de 2014 para estudar e trabalhar. Ingrid nasceu com glaucoma congênito e teve baixa visão até os 16 anos. A partir desse período, perdeu a visão por completo. Em 2015, a brasiliense prestou o seu segundo vestibular da UFSC e obteve a aprovação. “Em 2014, eu cheguei atrasada no último dia por um minuto. Peguei um táxi, pegamos trânsito. O taxista me deixou longe e até corri junto com outra pessoa, mas, quando a mulher da porta me achou, já era tarde”, conta, espirituosa. A vontade de cursar Direito arrefeceu no último ano do ensino médio, quando Ingrid passou a ter contato com reportagens sobre Serviço Social. Naquele momento, nasceu a identificação com a profissão. “O que mais me interessa seria a área familiar, talvez trabalhar com adoção na Vara da Infância e Juventude”, planeja.
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