Estudante de Ciências Biológicas faz trabalho de divulgação da Coleção de Aves da UFSC
Com o objetivo de divulgar os espécimes da Coleção de Aves da Universidade Federal de Santa Catarina (CAUFSC), a estudante do curso de Ciências Biológicas, Iohranna Müller, escreveu um artigo que será a memória definitiva do acervo. A coleção existe desde 1982 e é constituída, principalmente, por aves marinhas, como albatrozes e pinguins. A curadoria é feita pelo professor Alexandre Paulo Teixeira Moreira. O acervo fica localizado no Departamento de Ecologia e Zoologia, no bloco B do Centro de Ciências Biológicas (CCB), no bairro Córrego Grande, em Florianópolis. Os pesquisadores interessados podem visitar o espaço por meio de agendamento prévio.
O trabalho publicado na revista Atualidades Ornitológicas é resultado de um processo de busca, identificação e análise de cerca de 370 espécimes de aves encontradas nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ao todo, foram catalogados 153 crânios, sete esqueletos incompletos, 19 asas avulsas, 119 peles e três ninhos. O artigo foi produzido em parceria com Bianca Vieira, ex-aluna da UFSC e pesquisadora da Universidade de Glasgow, na Escócia. Durante a análise foram considerados somente os exemplares que estavam em bom estado de conservação. Aqueles que estavam muito danificados foram separados para uma restauração posterior.
Além de divulgar o acervo, o artigo também contribuiu para a correção de identificação de alguns espécimes e forneceu informações para melhorar o estado de preservação dos exemplares mais antigos que foram atacados por fungos. As autoras destacam a importância da restauração e preservação das coleções científicas, pois auxiliam no desenvolvimento tecnológico e conservação da biodiversidade do país.
A UFSC não possui um projeto para expandir a coleção, no entanto, o acervo aceita doações de espécimes recolhidos por pesquisadores. Qualquer ave recolhida pode ser catalogada de acordo com o seu estado de preservação – se o animal estiver fresco a preservação é completa, caso contrário, pode-se preservar somente as asas, patas e crânio. Todos os exemplares são conservados em um sala com temperatura e umidade controladas, com utilização de substâncias como bórax e naftalina.
Giovanna Olivo/Estagiária de Jornalismo/Agecom/UFSC