Fiscal da Vigilância Sanitária visita UFSC por causa de possíveis focos de dengue

07/07/2016 09:43

O fiscal da Vigilância Sanitária Jeancarlo Menegon visitou a UFSC pela terceira vez na terça-feira, 5 de julho, e constatou a reincidência de possíveis focos de dengue. Em passagem anterior, Jeancarlo havia identificado, principalmente no Centro de Ciências Físicas e Matemáticas (CFM), objetos e situações de risco para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Dos oito problemas que haviam sido encontrados no CFM, dentre os quais estão caixas d’água mal tampadas, lixo e poças decorrentes de canos, apenas um fora corrigido até essa terça.

Fiscalização combate ao Aedes Aegypt - Foto Henrique Almeida-13

Fiscalização na UFSC para possíveis focos de dengue. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

Por volta de setembro do ano passado, a UFSC recebeu da prefeitura a primeira notificação sobre um possível foco de desenvolvimento do mosquito. As análises realizadas posteriormente comprovaram a existência de larvas do Aedes aegypti nesse lugar, que continha veículos velhos dispostos a céu aberto perto da entrada do bairro Córrego Grande. O entulho foi transferido para a Fazenda Experimental da Ressacada, no bairro Tapera, vinculada ao Centro de Ciências Agrárias (CCA). Segundo o chefe de gabinete Aureo Moraes, está sendo providenciado um leilão para se livrar desses automóveis velhos e outros materiais de sucata.

Até agora, os veículos foram o único foco comprovado na Universidade, ou seja, a única situação de risco que, de fato, continha larvas do inseto transmissor da Dengue. Entretanto, o fiscal Jeancarlo alerta que objetos acumulando água, como os encontrados no CFM e em outras partes do campus, são motivo de preocupação, uma vez que já foram registrados 320 focos confirmados na Grande Florianópolis e a prefeitura teme a reprodução do mosquito.

Fiscalização combate ao Aedes Aegypt - Foto Henrique Almeida

Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

Além das visitas da Vigilância Sanitária para identificar possíveis focos e demandar sua correção, existem 11 armadilhas no Campus Florianópolis, na Trindade, que captam larvas para serem levadas a análise em laboratório. Após tomar a primeira notificação no ano passado, a UFSC criou a Comissão de Prevenção da Dengue e Controle de Vetores, que realizou campanhas por meio de cartazes, cartilhas entregues aos calouros e ofereceu aos administradores dos prédios da Universidade um treinamento sobre como acabar com as situações de risco.

Carlos José de Carvalho Pinto, professor do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (MIP) e presidente da Comissão de Prevenção da Dengue, e o chefe de gabinete comentam que vão reforçar as campanhas, “apelando para os chefes de departamento, de curso” conversarem com seus alunos para que recolham o lixo que veem jogado, esvaziem os recipientes com água parada e joguem seus dejetos na lixeira. Segundo o professor Carlos, não há como controlar todos os possíveis focos se os estudantes não perceberem o risco que é a doença e não fizerem a sua parte.

Entre os locais identificados pelo fiscal da prefeitura como propícios ao desenvolvimento do mosquito da dengue, encontravam-se contentores de lixo mal fechados, garrafas de vidro fora da lixeira, latas de tinta, tampas de caixa d’água com rachaduras, poças formadas pela água de canos ou de calhas e outros tipos de entulho.

A Comissão de Prevenção da Dengue disponibiliza o e-mail evitedengue@contato.ufsc.br para esclarecimentos e comunicação de suspeitas de focos na Universidade. Mais informações no site www.gestaoambiental.ufsc.br ou pelo telefone (48) 3721-4278.

Carolina Maingué Pires / Estagiária de Jornalismo / Agecom / UFSC

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