Alunos do Ensino Médio simulam conferência de organizações mundiais em evento na UFSC
Aproximadamente oitocentos alunos de escolas de Florianópolis se reuniram no dia 31 de maio para a sexta edição do Simulação de Organizações Internacionais para o Ensino Médio (SiEM). A conferência tinha o objetivo de colocar os estudantes no papel de representantes de organizações mundiais para tomar decisões referentes à política externa. O evento ocorreu no Auditório Guarapuvu, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC.
O evento, que ocorreu durante a manhã e a tarde, apresentou quatro pautas reais debatidas pela política internacional, cada uma discutida em salas separadas, simulando diferentes conselhos mundiais. Os tópicos debatidos foram os direitos básicos das mulheres na região africana; as disputas territoriais do mar do sul da China; a crise humanitária e os refugiados na Europa e, no auditório principal, o reconhecimento do Saara Ocidental como Estado independente.
O SiEM aplica as conferências segundo o Modelo de Organizações Internacionais, o mesmo padrão utilizado em convenções de instituições como as Nações Unidas. A seleção dos temas leva em consideração a educação dos participantes como cidadãos do mundo, conscientes das políticas externas e dos impactos sociais nas relações mundiais. Os assuntos também envolvem potenciais tópicos de atualidade que possam constar nos vestibulares, resultando numa forma mais prática de aprendizado.
A estudante da quarta fase de Relações Internacionais, Beatriz Klein, explica que o SiEM é organizado exclusivamente pelos acadêmicos do curso, contando com aproximadamente 50 alunos na execução do projeto. Beatriz conta que os alunos do ensino médio são orientados a agir não conforme suas opiniões pessoais, mas como verdadeiros representantes políticos dos países em questão.
“A ídeia é que eles realmente procurem os ministérios de relações exteriores do país que estão representando, com as embaixadas, que façam pesquisas a fundo e descubram o posicionamento do país sobre aquele tema. Pautados pelos princípios de igualdade e direitos humanos, irão trazer argumentos para o debate. No final, irão produzir uma resolução – que é o que aquela assembleia decidiu sobre o assunto.”
Gabriel Daros Lourenço/Estagiário de Jornalismo/Agecom/UFSC