UFSC na Mídia: professor comenta como derretimento de calotas de gelo acende alerta em SC

28/09/2023 11:56

O professor do departamento de Geologia da UFSC, Norberto Horn Filho, comentou, em reportagem do portal ND+, dados levantados pelo Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos Estados Unidos e divulgados na segunda-feira, 25 de setembro, em relatório que constata o maior nível de degelo na Antártica desde 1979.

O documento traz estimativas de consequências que as regiões podem vir a sofrer em caso de agravamento dos cenários. Segundo a reportagem, a pesquisa divulgada reforça outros estudos sobre avanço do nível do mar na costa de SC. “Em 2050, pelo menos 22 cidades do Estado podem ser afetadas pela elevação das águas, conforme mostrou o prognóstico de uma análise citada na Conferência sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas – a COP25 -, que ocorreu em 2019, em Madri, na Espanha”, destaca o texto.

Na interpretação de Horn, do ponto de vista da geologia costeira, área em que atua, o degelo poderia resultar em uma elevação direta do nível médio do oceano Antártico e indiretamente dos outros três oceanos: Atlântico, Pacífico e Índico. O professor também salientou que  o derretimento do gelo faz o mar avançar sobre o continente. “O recuo glacial e o consequente avanço do mar levam ao fenômeno chamado de transgressão marinha, cuja primeira consequência nos continentes é a erosão costeira”, disse na reportagem.

A notícia divulgada pelo ND+ também apresenta um mapa interativo em que é possível indicar cenários para projeções desse avanço do mar. Em um dos cenários projetados para Florianópolis, o texto indica que as localidades mais afetadas seriam Daniela, Ribeirão da Ilha, Ponta das Canas, Praia Brava, Jurerê Tradicional, Costeira do Pirajubaé, Tapera, Solidão e Naufragados.

Tags: avanço do mardegelo na AntárticaUFSC na mídia