Estudante da UFSC é nomeado para comitê internacional de liberdade de expressão e acesso à informação

Genilson Geraldo é doutorando no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação e membro do Grupo de Pesquisa em Gestão e Sustentabilidade na Ciência da Informação. Foto: arquivo pessoal
O estudante de doutorado Genilson Geraldo, do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PGCIN) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi nomeado para o Comitê Consultivo sobre Liberdade de Acesso à Informação e Liberdade de Expressão da Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias (Ifla, na sigla em inglês). O Comitê está no centro dos esforços da Ifla para promover a liberdade intelectual e apoiar as bibliotecas em seu papel de porta de entrada para o conhecimento e as ideias. Também presta consultoria ao Conselho de Administração da Ifla e busca estimular o diálogo e a colaboração com órgãos, organizações e campanhas internacionais.
Genilson é o único brasileiro entre os nove membros eleitos para o mandato de dois anos. Sua indicação foi feita pela Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas da Informação e Instituições (Febab). Os indicados são votados, escolhidos e nomeados pelo Conselho de Administração. A posse ocorrerá no 88º Congresso e Assembleia Geral da Ifla (WLIC 2023), que vai de 21 a 25 de agosto na cidade de Rotterdam, na Holanda.
O doutorando, que também é membro do Grupo de Pesquisa em Gestão e Sustentabilidade na Ciência da Informação (GPSCIN), destaca que a conquista não é só dele, mas “fruto de todas as oportunidades que recebi da Universidade Federal de Santa Catarina, em especial do Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação”. Ele, que se define como “cria da universidade pública e ‘filho’ da UFSC”, entrou no curso de Biblioteconomia em 2014, formando-se em 2018. Na sequência, ingressou no mestrado em Ciência da Informação, finalizado em 2021, mesmo ano em que deu início ao doutorado, no qual desenvolve a pesquisa Informações governamentais para monitoramento de Objetivos Globais de Desenvolvimento Sustentável, sob orientação da professora Marli Dias de Souza Pinto.
“Para mim significa muito [a nomeação para o Comitê], tanto profissionalmente, como pessoalmente. Tendo em vista que venho, desde 2014, ano que ingressei ao curso de Biblioteconomia da UFSC, me dedicando, interessado e apaixonado pela área de atuação e, principalmente pelo movimento associativo e representativo”, afirma Genilson.
“Essa oportunidade de fazer parte do Comitê Consultivo sobre Liberdade de Acesso à Informação e Liberdade de Expressão irá me proporcionar subsídios de conhecimentos quanto a aspectos sobre direitos de acesso à informação e ao conhecimento, de direitos de liberdades de expressão e intelectual, que são questões prioritárias de direitos humanos e, consequentemente, para objetivos globais de Desenvolvimento Sustentável. E garantir a qualidade e a asseguração de dados e informações governamentais proporciona que esses direitos sejam promovidos para todas as pessoas e em todos os lugares”, complementa o pesquisador
Ifla
Fundada em 1927, a Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias é uma das primeiras organizações não governamentais sem fins lucrativos a promover a causa dos bibliotecários globalmente. Sua missão inclui encorajar, patrocinar e promover a cooperação internacional, o debate e a investigação em todos os campos da atividade bibliotecária, bem como compartilhar suas descobertas com a comunidade bibliotecária como um todo.
A Ifla conduz e orienta manifestos, diretrizes, manuais e capacitações para a área da biblioteconomia, para a ciência da informação e para as bibliotecas e centros de documentação e informação. Também promove parcerias globais com associações de vários países e com governos e organizações internacionais, incluindo a ONU.
A Federação teve participação direta na formulação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, especialmente no ODS 16, que visa “Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas a todos os níveis”, e na meta 16.10, que almeja “Assegurar o acesso público à informação e proteger as liberdades fundamentais”.