Com segunda tarifa mais cara do mundo, custo da energia elétrica no Brasil é tema de palestra
O Brasil possui a segunda tarifa de energia elétrica mais cara do mundo para a indústria. A afirmação é de Danilo Norberto Kuhnen, economista e consultor na área de tarifas de energia elétrica, que ministra a palestra “Competitividade das Tarifas de Energia Elétrica para a Indústria”, na manhã desta terça-feira, no auditório do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O evento, promovido pela disciplina de Conservação de Energia, é aberto ao público e ocorre das 10h às 11h30.
Palesta exibe comparativos e detalhamentos das tarifas
Segundo Danilo, o Brasil ocupa a segunda posição no ranking das tarifas mais caras para indústria do mundo, atrás somente da Itália. Para comprovar esta afirmação, Danilo apresentará um comparativo entre a matriz elétrica nacional e a de outros países no que se refere a fontes de energia renováveis e não renováveis. Na ocasião será exibido também o ranking da carga percentual de impostos incidentes sobre custo da energia elétrica no Brasil e em países selecionados.
A tarifa da energia gerada pela hidrelétrica de Itaipu e consumida no Brasil é relativamente cara e custa em r$/MWh tanto quanto a energia nuclear gerada nas usinas nucleares de Angra I e II. Em contraste, a tarifa de energia gerada em Itaipu e consumida no Paraguai é uma das mais baratas do mundo. “Consumidores do Brasil bancam os subsídios na tarifa do Paraguai, pagando valores complementares na ordem de US$360 milhões/ano, além dos custos normais de Itaipu, enquanto Tratado Original de Itaipu estabelece US$120 milhões/ano a titulo de Custos de Cessão de Energia“, diz o economista.
O economista sustenta que a energia gerada pelas 131 usinas do Programa Proinfa – sendo 60 PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas), 52 eólicas e 19 de biomassa – tem custo elevado. E são grandes as disparidades existentes nas tarifas médias praticadas pelas 105 distribuidoras no país. “Os custos com encargos setoriais cobrados nas tarifas para custear os diversos subsídios tarifários não são repartidos de forma equitativa entre as distribuidoras nos processos tarifários conduzidos pela ANEEL“, alerta Kuhnen.
Durante a palestra, o consultor detalhará uma fatura de energia elétrica, expondo os principais componentes tarifários, as tarifas aplicadas e os impostos, conforme explicado pelo Edson Bazzo, professor do Departamento de Engenharia Mecânica.
Serviço
O quê: palestra “Competitividade das Tarifas de Energia Elétrica para a Indústria”, com o economista Danilo Norberto Kuhnen
Quando: terça-feira, 8 de outubro, das 10h às 11h30
Onde: Auditório do do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC, no campus Trindade, em Florianópolis
Quanto: gratuito
Com informações de Divulgação EMC/UFSC