UFSC recebe encontro de imersão promovido pela CNI e Embrapii
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi o ponto de partida de um evento de imersão em polos de conhecimento brasileiros promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Ao longo de uma semana, oito centros de pesquisa da Embrapii em todo o Brasil serão visitados por representantes de grandes empresas, terceiro setor e academia, e irão compartilhar experiências de cooperação e oferecer oportunidades de atualização em relação a temas relevantes para a competitividade da indústria nacional.
O reitor da UFSC, Luis Cancellier, abriu o encontro ressaltando que a UFSC é a única universidade a contar com duas unidades da Embrapii, o Polo – Laboratórios de Pesquisa em Refrigeração e Termofísica e o Rema – Núcleo de Ressacada de Pesquisas em Meio Ambiente, além da Fundação Certi, localizada no campus Florianópolis, bairro Trindade. “A UFSC deve interagir com o setor produtivo, caminhar na mesma direção. Gostaria de destacar aos gestores de empresas que aqui vocês têm uma parceira, a UFSC está de portas abertas para colocar nossa produção intelectual a favor da indústria nacional”.
O presidente da Embrapii, Jorge Guimarães, destacou que a necessidade de inovação é permanente: “são poucas empresas que mantêm centros de pesquisa. Mas elas gostariam de ser parceiras. Elas (empresas) estão felizes com o modelo operacional da Embrapii”. Ele parabenizou a UFSC por ter mais de uma unidade e lembrou que os centros de pesquisa devem ter experiência e vontade de lidar com empresas.
A Embrapii atua por meio da cooperação com instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas ou privadas, tendo como foco as demandas empresariais e como alvo o compartilhamento de risco na fase pré-competitiva da inovação.
O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e ex-reitor da UFSC (2008-2012), Álvaro Toubes Prata, ressaltou as palavras de Cancellier sobre a integração universidade e setor produtivo. “Ainda que possa parecer óbvio, não é a prática comum de nossas instituições, é uma felicidade que o reitor traga esta diretriz de maneira tão forte, de permitir que o setor industrial enxerque e se aproxime do ambiente científico e acadêmico”.
O superintendente do Instituto Euvaldo Lodi da CNI, Paulo Mól, afirmou que uma indústria forte deve estar associada à inovação. “Em outros países isto é claro, é uma agenda fundamental. Esta imersão irá abrir os centros de pesquisa para as empresas entender o que está acontecendo lá. Isto aumenta a produtividade e competitividade”.
Promovida pela CNI, a imersão já teve uma edição nos Estados Unidos e em setembro terá outra na Alemanha – outras já estão previstas para 2017. Compareceram na UFSC dirigentes da Fibria, Grupo Boticário, Johnson & Johnson, Liquigás, Novozymes Latin America, Positivo Informática, Samsung, Statoil, GranBio, Korin Agropecuária, FIERN, Senai de Santa Catarina e da Bahia, Universidade Mackenzie e Ohio State University.
Com informações da Embrapii