Mães da UFSC: Michaela Ponzoni Accorsi

01/08/2016 08:03

Michaela Ponzoni Accorsi, técnica-administrativa em Educação da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis amamenta a filha Nina. (Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC)

Michaela Ponzoni Accorsi

Técnica-Administrativa em Educação – Psicóloga da PRAE

Mãe da Nina (9 meses)

Meu parto foi normal, domiciliar. Foi um parto relativamente rápido, tranquilo, e a Nina já nasceu com a boca na teta! A pega dela sempre foi muito boa. Mas o bico do meu seio era muito sensível, muito clarinho, e machucou demais, chegou a ficar em carne viva. Até os quatro meses de vida dela o meu seio ficou machucado. Foi muito difícil, doía demais, chegou a fazer casquinha.

Eu não usei bico de silicone, fiquei firme. Nunca deixei de dar o mamá! Eu pensava “não vou colocar nada entre nós”. E o que me ajudou mesmo foi consultar a equipe da Central de Incentivo ao Aleitamento Materno (Ciam) do HU. Eu fui lá duas vezes, e elas foram maravilhosas. Uma vez eu fui mesmo pela machucadura, e elas me indicaram um óleo de ácidos graxos essenciais e pomada de lanolina, e isso para mim foi incrível, sarou meu seio. A outra vez foi por conta de um ingurgitamento. A Ingrid [Bohn, coordenadora do Ciam] e as enfermeiras fizeram avaliação da minha mama, me ensinaram a tirar leite manualmente quando o seio estava muito machucado.

Eu agradeço meu sucesso a elas. Eu pensava “será que vou conseguir?”, e conseguimos graças a elas. As pessoas vinham com recomendações de dar bico, colocar silicone. Eu acho que, se eu tivesse feito isso, talvez não teríamos conseguido tão naturalmente. É possível superar as dificuldades. Depois de quatro meses, agora é só alegria!

A amamentação da Nina não tem prazo para acabar. Desde a primeira vez que eu dei de mamar, mesmo machucando, eu amei ter essa conexão com a bebê, o momento de estarmos juntas, de comunicação, amor, carinho, contato. Saber que estou protegendo ela com os meus anticorpos, que ela está recebendo nutrientes de que ela precisa, que ela está sendo hidratada. A saúde que o leite representa, eu acho que é amor, né? A gente dar de mamar com o peito sangrando, chorando de dor. Foi aí que eu aprendi o que é a maternidade mesmo, colocar o bebê à frente das nossas necessidades. Ela em primeiro lugar. Foi um batismo de fogo! Uma prévia da doação que será ser mãe a vida toda, a doação de tempo, energia.

Faz um mês que eu voltei a trabalhar. Está sendo cansativo, uma nova adaptação. Por um lado, estou feliz em voltar, retomar meu espaço no campo profissional. Mas, ao mesmo tempo, é uma nova adaptação da rotina dela, do próprio trabalho, conciliar os diferentes papéis. É boa a oportunidade de trabalhar meio período, sabe? Eu pedi a redução da carga horária de oito para seis horas, e isso está sendo muito bom.

 

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