Ambiente de Acessibilidade Informacional da BU promove ‘Café com Tato’
A sétima edição do “Café com Tato” foi realizada no dia 4 de setembro, no auditório Elke Hering, da Biblioteca Universitária (BU/UFSC). O evento contou com a participação da artista plástica Fabiana Vinagre, de pessoas com deficiência, de indivíduos envolvidos com a acessibilidade e profissionais do Ambiente de Acessibilidade Informacional (AAI) da BU.
O Café com Tato surgiu em 2012 e é promovido pelo AAI. O objetivo é promover a integração e o convívio social entre os envolvidos com a acessibilidade, conhecer ainda mais o que precisa ser melhorado no atendimento aos portadores de necessidades especiais por meio da troca de experiência, além de aprimorar os serviços oferecidos pelo AAI.
Temas relacionados ou não à acessibilidade fizeram parte das outras edições. Nesta última, Fabiana Vinagre apresentou, por meio de suas obras, o tema “Cheio e Vazio”. As produções da artista são feitas em autorrelevo com materiais de textura, temperatura e consistências marcantes que devem ser apreciadas por meio do tato, como um quadro de parafusos e outro de conchas. Os participantes sem deficiência visual foram convidados a colocar uma venda e sentir as obras. Em um canto do quadro estavam os materiais, no outro havia um espaço vazio forrado com tecido, dando a ideia de diferença entre os espaços para os deficientes visuais.
A inspiração da artista plástica veio do poema “O menino que carregava água na peneira” de Manoel Barros. “Eu conversei com uma mãe cega que disse que preferia estar em lugares vazios para brincar com seu filho, pois o espaço cheio é um lugar perigoso” relata Fabiana. Para Leandro de Oliveira, aluno de Serviço Social e deficiente visual, “eu já preferi o vazio, mas hoje acho que o cheio é melhor. Eu me sinto seguro andando no Ticen, mas as pessoas ainda tem medo do diferente”.
Mais informações: Ambiente de Acessibilidade Informacional
Leia mais sobre o tema: http://noticias.ufsc.br/2012/05/biblioteca-universitaria-apresenta-ambiente-de-acessibilidade-informacional/
Felipe Freitas/ Estagiário de Jornalismo da Agecom/ UFSC