Evento internacional debate aproveitamento e redução das emissões de metano

Workshop internacional sobre a redução das emissões de Metano ocorreu nos dias 12 e 13 de março na Alesc. Foto: divulgação
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) participou da organização do workshop internacional “Redução das Emissões de Metano, boas práticas, oportunidades para aproveitamento e mitigação na agricultura e pecuária intensiva, no tratamento de efluentes, nos Resíduos Sólidos Municipais – RSM”, que ocorreu nos dias 12 e 13 de março na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc).
O evento debateu o aproveitamento e minimização das emissões de metano, que juntamente ao dióxido de carbono (CO2), responde por cerca de 70% dos gases de efeito estufa emitidos pelo homem. Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer e aprender estratégias de especialistas globais e conhecer os principais projetos nacionais e internacionais.
Além de abrandar a mudança climática global, a redução das emissões de metano na agricultura, nos setores de águas residuais e resíduos sólidos urbanos pode proporcionar uma série de benefícios locais, na conservação da qualidade das águas e do ar e na segurança e geração de energia.

Em 14 de março, a UFSC sediou a reunião dos subcomitês, no Centro de Cultura e Eventos. Foto: divulgação
Reunião dos Subcomitês do GMI
No dia 14 de março, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC, foi realizada a reunião dos subcomitês do grupo Global Methane Initiative (GMI), de Agricultura, Águas Residuais e Resíduos Sólidos, com a presença dos delegados do GMI da República Dominicana, Chile, México, Canadá entre outros países.
O gás metano e o efeito estufa
A vida na Terra é possível, em parte, graças ao efeito estufa que é um fenômeno natural. Parte da energia solar que chega ao planeta é retida na atmosfera, promovendo o aumento da temperatura no ambiente. Isso se deve à presença de gases que impedem a saída da radiação. Isso torna a Terra habitável, pois, caso esse gases não existissem naturalmente, a temperatura média do planeta seria muito baixa, da ordem de 18ºC negativos. A troca de energia entre a superfície e a atmosfera mantém as atuais condições, que proporcionam uma temperatura média global, próxima à superfície, de 14ºC.
Enquanto existe um equilíbrio entre a energia solar incidente e a refletida na forma de calor pela superfície terrestre, o clima se mantém praticamente inalterado. Entretanto, o balanço de energia pode ser afetado de várias formas, dentre elas, pela modificação da concentração de Gases de Efeito Estufa (GEE) na atmosfera. Essas mudanças na atmosfera estão ocorrendo em função do aumento insustentável das emissões antrópicas desses gases. Dentre eles, destaca-se o metano, que é o segundo mais importante GEE. As principais fontes de emissão de metano são a exploração e o beneficiamento do petróleo e carvão mineral, nas atividades de agropecuária, no tratamento de esgoto e dos resíduos sólidos urbanos.
O workshop foi coordenado pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma) em conjunto com a GMI, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Epagri) e a UFSC, e apoio de diversas Instituições.